A antiga casa agrícola José de Sousa Rosado Fernandes, situada em Reguengos de Monsaraz, tornou-se famosa pelo seu ''Tinto Velho'', que foi durante anos, uma referência obrigatória no Alentejo.
No ano de 1986 seria comprada pela firma José Maria da Fonseca, que daria continuidade aos vinhos, passando o nome para José de Sousa.
É na Herdade do Monte da Ribeira, com os seus 72 ha de vinha, que se foram plantando ao longo dos anos, as castas Trincadeira, Aragonez e Grand Noir.
São essas mesmas castas que deram origem a este José de Sousa - Tinto Velho, que talvez tenha sido o último exemplar de Tinto Velho a ser colocado no mercado, derivando a marca para o José de Sousa que conhecemos nos dias de hoje.
José de Sousa - Tinto Velho 1998
Castas: Trincadeira, Aragonez e Grand Noir - Estágio: fermentação parcial em talha de barro e estagia 8 meses em tonéis de madeira usada com mais um ano em garrafa - 12,5% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/baixa com rebordo atijolado.
Nariz a apresentar um vinho fresco e de fino bouquet, entre a boa fruta com ligeira passa (ameixa), o toque de madeira exótica e licorado é bem presente. Desperta para notas de cacau morno, folha de tabaco seca e caixa de especiarias, com um toque terroso/mineral presente num fundo que se dispersa por um ligeiro fumado.
Boca a apresentar um vinho ainda com bela dose de frescura, capaz de guiar quem prova durante grande parte da passagem de boca. Aqui estamos no lado oposto à opolência e às altas concentrações, falamos de um perfil fino e muito delicado, frio e com uma evolução de 10 anos. A fruta ainda presente, que parece estar em sintonia com todo o conjunto numa toada ligeira e harmoniosa. Especiaria com toque de alfarroba, esteva, cacau algo diluído, especiarias e uma ligeira sensação de argila em fundo. É delicado mas ao mesmo tempo consegue dar uma prova muito satisfatória e elegante, com um final de persistência bastante aceitável para um vinho já com 10 anos de vida.
É daqueles vinhos que fazem parte do passado e que é cada vez mais raro encontrar e revisitar no presente, um perfil cada vez menos visto, uma graduação cada vez mais procurada, e a mostrar que os vinhos do Alentejo sabem evoluir, contrariando o que muito se diz por outros lados. Será que os novos vinhos vão chegar a 10 anos de vida com a saúde deste ?
16,5
No ano de 1986 seria comprada pela firma José Maria da Fonseca, que daria continuidade aos vinhos, passando o nome para José de Sousa.
É na Herdade do Monte da Ribeira, com os seus 72 ha de vinha, que se foram plantando ao longo dos anos, as castas Trincadeira, Aragonez e Grand Noir.
São essas mesmas castas que deram origem a este José de Sousa - Tinto Velho, que talvez tenha sido o último exemplar de Tinto Velho a ser colocado no mercado, derivando a marca para o José de Sousa que conhecemos nos dias de hoje.
José de Sousa - Tinto Velho 1998
Castas: Trincadeira, Aragonez e Grand Noir - Estágio: fermentação parcial em talha de barro e estagia 8 meses em tonéis de madeira usada com mais um ano em garrafa - 12,5% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/baixa com rebordo atijolado.
Nariz a apresentar um vinho fresco e de fino bouquet, entre a boa fruta com ligeira passa (ameixa), o toque de madeira exótica e licorado é bem presente. Desperta para notas de cacau morno, folha de tabaco seca e caixa de especiarias, com um toque terroso/mineral presente num fundo que se dispersa por um ligeiro fumado.
Boca a apresentar um vinho ainda com bela dose de frescura, capaz de guiar quem prova durante grande parte da passagem de boca. Aqui estamos no lado oposto à opolência e às altas concentrações, falamos de um perfil fino e muito delicado, frio e com uma evolução de 10 anos. A fruta ainda presente, que parece estar em sintonia com todo o conjunto numa toada ligeira e harmoniosa. Especiaria com toque de alfarroba, esteva, cacau algo diluído, especiarias e uma ligeira sensação de argila em fundo. É delicado mas ao mesmo tempo consegue dar uma prova muito satisfatória e elegante, com um final de persistência bastante aceitável para um vinho já com 10 anos de vida.
É daqueles vinhos que fazem parte do passado e que é cada vez mais raro encontrar e revisitar no presente, um perfil cada vez menos visto, uma graduação cada vez mais procurada, e a mostrar que os vinhos do Alentejo sabem evoluir, contrariando o que muito se diz por outros lados. Será que os novos vinhos vão chegar a 10 anos de vida com a saúde deste ?
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