Copo de 3: Chateau Le Crock 2005

16 março 2010

Chateau Le Crock 2005

Pertence à família Cuvelier (Château Léoville-Poyferré) desde 1903, o Château Le Crock fica situado entre o Château Cos d’Estournel e o Château Montrose. Conta com 32,5 ha de vinhedo com 65% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, 2% Cabernet Franc e 8% Petit Verdot. Depois de 1994 entrou Michel Rolland dando consultadoria aos Domaines Cuvelier, resultando com isto em 1999 um grande investimento no que toca à qualidade dos vinhos produzidos, que resultaria em 2003 na atribuição do titulo de Cru Bourgeois Supérieur.
Para todos aqueles que perguntam o que é Cru Bourgeois, é uma classificação que surgiu nos vinhos na península de Médoc, para classificar os primos pobres dos parentes mais aristocratas (classificados em 1885) da zona. É apenas e só uma designação de qualidade, nada mais, e também uma maneira de promover os menos conhecidos, englobando 3 categorias, os Cru Bourgeois Exceptionnel, Cru Bourgeois Supérieur e Cru Bourgeois. O vinho em causa está classificado segundo a última classificação feita em 2003 (entretanto anulada) como um Cru Bourgeois Supérieur.

Chateau Le Crock (St. Estèphe) 2005
Castas: Cabernet Sauvignon 60%, Merlot 25%, Cabernet Franc 10%, Petit Verdot 5% - Estágio: 12 a 18 meses em barricas novas renovadas cada ano a 30% - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de média/alta intensidade

Nariz com muita fruta vermelha bem madura e fresca (amora, groselha), pequeno apontamento de licor das mesmas, com chocolate e alguma geleia que dá um toque adocicado à fruta, num bouquet fino/delgado e de mediana intensidade. Alguma tosta da barrica, baunilha discreta, camurça, especiaria (pimenta preta) e toque vegetal seco em fundo.

Boca de entrada suave e fresca, corpo médio com a fruta a mostrar-se ao nível do nariz, chocolate e travo vegetal (eucalipto), sente-se fragilidade mas ao mesmo tempo segurança, um vinho simples mas bem feito, com taninos finos e presentes a darem ligeira secura ao conjunto, num vinho que parece ficar um pouco acanhado no seu todo em final de boca mediano.

Que é um vinho bem feito não há duvidas, tem a sua dose de interesse, mas sem grande complexidade ou mesmo presença quer de aromas ou de sabores, pede-se um pouco mais de presença a nível de nariz e de boca, mais intensidade, mais garra, mais volume... mais alma e a nota final seria outra. Tudo aqui me pareceu querer ficar num plano algo discreto, não destoa mas também não apaixona, direi que é dos que voa baixinho considerando alto o preço pedido pela Wine Time (cerca de 34€) para a qualidade apresentada e neste caso não precisamos de sair de Portugal para encontrar melhor e bem mais barato.
15,5
- 89 pts

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