Revisito os vinhos da Quinta da Ponte Pedrinha, de Maria de Lourdes Mendes Oliva Nunes Osório, situada na Região do Dão, entre Seia e Gouveia. A sua vinha, implantada em solos graníticos desde há mais de 30 anos, tem raízes profundas nesta Quinta, os hectares de vinha que oferecem vida aos seus vinhos dão contornos de rara beleza à paisagem circundante. A tecnologia associada à vinificação levou à construção de uma adega à altura dos pergaminhos dos vinhos que sempre aí se produziram. Desta vez falo do tinto da colheita 2006, produzido a partir das castas Touriga Nacional, Alfrocheiro Preto e Jaen, foi estagiado em meias pipas de carvalho francês. Lembro-me deste tinto na ida colheita de 1997 quando ainda era João Portugal Ramos o seu enólogo, depois perdi-lhes o rasto, recentemente vieram até mim, já com nova roupagem, o branco foi provado juntamente com o tinto, os topos de gama optei por lhes dar mais tempo para se acomodarem um pouco mais à garrafa, prefiro provar vinhos cordatos no trato do que abruptos e sem modos.
De nariz em mediana intensidade, cordato com um travo doce com esteva, bosque, algum vegetal seco a lembrar chá preto e toque de fruta do bosque com leve compota a mostrar-se também presente.
Na boca entra com alguma frescura, sente-se o Dão mas um pouco desnorteado, talvez o tempo lhe esteja a pregar partidas, sente-se algum curto no final. O vinho bebe-se bem mas sente-se algo curto, talvez fruto de um ano rasca para fazer bom vinho. Não fiquei desapontado pois num ano mais sorridente a coisa estará certamente mais aprimorada, o preço simpático não chega aos 5€, mas gostei bem mais do branco. 14,5 - 86 pts
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