O vinho em causa é o topo de gama do produtor no que a branco diz respeito. Tem sobre ele a enorme responsabilidade que é ser o Reserva Branco da Gaivosa, que como muito bem se sabe é nome da Quinta que vê nascer aquele que é um dos melhores tintos feitos o Portugal, o Quinta da Gaivosa. Porém o branco não consegue debitar a mesma qualidade, com tanta coisa que nos quer mostrar acaba por se enrolar e perde o fio à meada. Será certamente branco de meia-estação, indicado mais para jantar do que para almoço onde quem chega da praia apetece comer e beber coisas mais frescas e menos elaboradas. Um vinho elegante com alguns encantos, tem frescura contida e acaba mesmo por mostrar-se confuso por causa da madeira (ainda que fina) que sobressai dando-lhe sensação de arredondamento e cremosidade.
Destaco a qualidade do conjunto com bastante delicadeza da fruta numa boa dose de frescura, a madeira marca o suficiente (mesmo que sem exagero). Apesar da muito boa prova que dá, mostra-se um conjunto preso num novelo de aromas e sabores que apenas o tempo irá decidir se desenrola ou não. Na boca repete a dose do nariz, o vinho sente-se preso, com arredondamento dado pela madeira num conjunto amaciado compensado por uma boa acidez. Um pouco melhor que o Reserva 2006 aqui provado, continua sem uma grande relação preço/satisfação coujo preço ronda os 19€ e o afasta claramente das minhas escolhas. 91 pts
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