O Grandjó da Real Companhia Velha tem estatuto de lendário, o "Vintage das terras altas" como é conhecido, vai para mais de 100 anos a brilhar à mesa. Por agora vamos na colheita 2012 que marca a estreia a solo do enólogo Jorge Moreira, num vinho cujas uvas da casta Sémillon provenientes da Quinta do Casal da Granja (Alijó) permitem o desenvolvimento de botrytis cinerea, o fungo responsável pela podridão nobre, factor determinante no processo de elaboração deste vinho muito especial. Esse mesmo efeito da botrytis sente-se presente no nariz, em companhia de aromas limpos, frescos e com aquele adocicado quase que a lembrar fruta em calda com destaque para o alperce, toque melado, chá de limão, muito bonita complexidade num todo com muita harmonia e delicadeza. Na boca é doce mas fresco, muita finesse com sensação de untuosidade a meio do palato, final fresco e de apontamento guloso, para mim deveria ter um bocadinho mais de acidez mas da maneira como desaparece do copo uma pessoa até se esquece desses detalhes. Custa coisa de 19€ e vale cada gota, um belíssimo Late Harvest. 94 pts
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