Copo de 3: Raimat Chardonnay 2006

05 dezembro 2007

Raimat Chardonnay 2006

Foi no ano de 1914 que Manuel Raventós comprou 3.200 ha de terras, num planalto perto de Lérida, na fronteira com Aragão. Uma compra de terras áridas situadas perto do deserto de Monegros, que na altura seria visto como uma autêntica loucura, visto que o objectivo era plantar vinha. Na propriedade apenas havia um castelo em ruínas e uma árvore.
Foi um trabalho de paciência que levou o proprietário a implantar uma rede de canalização de 100 Km, com água proveniente do degelo dos Pirenéus, de seguida constrói uma aldeia para dar alojamento aos seus trabalhadores, plantou cereais e árvores de fruto para dessanilizar o solo e instalou um completo sistema de irrigação. Apenas depois da completa recuperação do solo, o projecto da vinha avançou.
A primeira adega foi construida em 1918 sendo que em 1988 foi alvo de ampliação, contando hoje em dia com 2.245 ha de vinhedo pertencentes à D.O. Costers del Segre.

Raimat Chardonnay 2006
Castas: 100% Chardonnay - Estágio: inox - 14% Vol.

Tonalidade amarelo citrino algo pálido
Nariz de intensidade média/baixa tal como a sua complexidade que não permite o vinho mostrar-se muito. Tem uma frescura suave aliada a fruta (ananás, pêra) bem madura com toque tropical. Em segundo plano tem uma nuance floral muito sumida com leve acompanhamento vegetal, tudo mais que directo e mesmo muito espremido.
Boca em sintonia com o nariz, um vinho parco em qualidades, simples e correcto, corpo mediano em fraca estrutura. Consegue mostrar alguma fruta embrulhada em toque fresco e pouco mais que isto. Final de boca curto com travo entre mineral/vegetal.

Um vinho que pelo que custou, cerca de 5€, foi uma má compra. O vinho não reflecte o melhor que a casta em causa tem para nos oferecer, dá uma imagem pálida e pouco motivadora, apesar de correcto e bem feito. Pelo mesmo preço ou até um pouco menos, temos vinhos Chardonnay muito superiores feitos em Portugal.
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4 comentários:

Pingas no Copo disse...

Sempre olhei para esse chardonnay a pensar que era "alguma coisa de jeito". Ainda bem que não gastei eu o dinheiro.

Abração

João de Carvalho disse...

É o que eu chamo de serviço ao consumidor :)

Anónimo disse...

Pronto, ora aí está um vinho estrageiro que é diferente... :-D Objectivo cumprido :-))

João de Carvalho disse...

A única diferença é que é mais caro e com uma qualidade inferior a por exemplo um Quinta de Cidro Chardonnay ou Fiuza Chardonnay, Quinta do Alqueve Chardonnay ou o Casal da Coelheira Chardonnay.

 
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