Copo de 3: Herdade da Comporta

04 dezembro 2007

Herdade da Comporta

A Herdade da Comporta é um projecto relativamente recente no mundo do vinho, com cerca de 30 hectares de vinha, situada em solos arenosos e solarengos temperados pela proximidade do oceano, digamos que temos uns vinhos em que à primeira vista se destacam lotes bem conhecidos dos vinhos Alentejanos mas em que as condições climatéricas são bem diferentes, com a enologia a cargo de Francisco Colaço do Rosário.
Em prova duas novas colheitas:

Herdade da Comporta Branco 2006
Castas: Antão Vaz e Arinto - Estágio: Inox - 13% Vol.

Tonalidade dourado de média intensidade.
Nariz directo, inicialmente com a fruta (tropical e citrino) um pouco anestesiada, que se vai mostrando ao lado de toque floral com vegetal. O toque final é mineral num conjunto que de nariz não se mostrando muito exuberante, dá uma prova consistente e agradável.
Boca de boa entrada, marcando a entrada com acidez presente a dar boa dose de frescura, fruta madura presente com toque de vegetal, um bom conjunto deste lote que já tem fama em terras fronteiriças.

Provadas duas garrafas, a primeira mostrou-se com um toque de farmácia um pouco desagradável, o resultado final deste vinho é um conjunto simples e bem feito. A permitir uma prova simples e agradável. Preço algo desajustado face à qualidade.
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Herdade da Comporta Tinto 2005
Castas: Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Franca - Estágio: Carvalho - 14% Vol.

Tonalidade granada de média concentração
Nariz a mostrar-se com uma boa intensidade, fruta madura com ligeira compota, floral presente em sintonia com baunilha, especiarias e fumo de fundo. Equilibrado e de mediana concentração de aromas, pouco complexo assenta-se num perfil mais directo e equilibrado, onde a fruta se dá bem com a presença da madeira.
Boca a mostrar ligeira austeridade na entrada, progressivamente na boca dá-se uma acalmia, frescura com vegetal e fruta, polimento a meio palato. Conjunto que nos remete para um consumo a curto/médio prazo para lhe poder tirar todo o proveito.

É um vinho que vem um pouco fora do nível da anterior colheita aqui provada. Não deixando de ser um bom vinho, começa a entrar num padrão tão visto e revisto nos dias de hoje. Colheitas provadas anteriormente 2004 e 2005
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3 comentários:

Anónimo disse...

"Não deixando de ser um mau vinho" não é uma gralha, João Pedro?

João de Carvalho disse...

Foi uma gralha certamente, agradeço a atempada chamada de atenção.

Certamente um vinho com 15 valores nunca poderia ser considerado um mau vinho.

Anónimo disse...

Castas bem conhecidas dos vinhos alentejanos, mas sendo vinho Terras do Sado.

 
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