A Quinta do Monte d'Oiro tem, na região, grandes tradições na produção de vinho. A Quinta foi pertença, no século XIX, do Visconde de Chanceleiros, figura ímpar da vitivinicultura portuguesa, sobretudo no trabalho que desenvolveu na luta contra a filoxera. Uma importante parte desta luta concretizou-se na Quinta do Monte d'Oiro através do alagamento de parcelas situadas em quotas baixas, circundantes do curso de água existente.
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A decisão de modernizar a vinha da Quinta do Monte d'Oiro foi tomada em 1990 tendo-se estudado relativamente às condições ecológicas do local, únicas e irrepetíveis, quais as castas mais adequadas. Após tal estudo, foi escolhida a casta Syrah, cujos bacelos (clones de grande qualidade) foram importados directamente de França, da região das Côtes du Rhone.
A primeira replantação teve então lugar numa parcela com 2,75 hectares de meia encosta virada a sul e de conhecidas potencialidades, denominada "Vinha da Nora".
A vinha foi plantada no início de 1992 e, durante 5 anos, tomou-se a decisão de não produzir quaisquer quantidades por forma a favorecer apenas o desenvolvimento vegetativo da planta. Tal prática permitiu um estabelecimento perfeito da vinha e originou uma primeira colheita (1997) de invulgar concentração e extracto.
Em 2001 e 2002 reconstruíram-se as adegas de vinificação e estágio, munidas com o mais moderno equipamento para que nenhuma condição falte à produção de vinhos de grande qualidade. Informação retirada do site Quinta do Monte d'Oiro.
Castas: 95% Syrah e 5% Cinsaut - Estágio: 15 meses em barricas, 50% novas carvalho francês - 13% Vol.
Tonalidade ruby escuro de média concentração
Nariz a revelar um vinho de aroma fino e delicado, não desperta grandes sensações, prima por um perfil discreto e já a mostrar sinais de cansaço. Fruta vermelha madura aliada a notas de compota, tabaco e vegetal seco com um toque especiado de fundo. Surge ligeira azeitona com toque fumado. Conjunto debilitado e cansado pela passagem do tempo, onde tudo parece querer ir embora sem dizer muito mais.
Boca de entrada fina e equilibrada, mediano de intensidade é directo e harmonioso naquilo que nos mostra. A fruta que ainda tem mostra-se bem conjugada com a madeira, toque especiado com algum mineral em fundo. O toque fumado/torrado surge bem lá no final em jeito de despedida.
Um vinho que já passou claramente o seu melhor tempo de vida, já teve tempo de brilhar ao mais alto, agora sente-se que pouco mais tem para dar. Ao contrário está cansado de aromas, vagos, deambulando pelo copo. Sente-se falta de animo no vinho, mesmo toda a harmonia e equilibrio de conjunto já não tem a mesma envolvência, ficando tudo no fio da navalha. Esta não esperou por mim, fartou-se e foi-se embora sem se despedir...
14,5
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