Copo de 3: Vinhos Pinhal da Torre - Revisitada

06 dezembro 2007

Vinhos Pinhal da Torre - Revisitada

Propriedade da família Saturnino Cunha, a Pinhal da Torre reúne o conhecimento e a experiência de gerações dedicadas á vinha e á produção de vinho, para proporcionar momentos únicos de degustação.
Elegendo preferencialmente as castas portuguesas, como Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Trincadeira, Castelão, Arinto, Fernão Pires, que combinam eficazmente com castas estrangeiras distintas, como o Syrah, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot, a Pinhal da Torre oferece vinhos de excelência da região ribatejana, que se distinguem pelo seu carácter diferenciado e distintivo.
No centro do Ribatejo, em Alpiarça, a Pinhal da Torre localiza as suas duas quintas: a Quinta do Alqueve, com uma ocupação de 36 hectares, e a Quinta de São João com 22 hectares.
Na Quinta de São João, é concentrada toda a produção de vinhos numa adega histórica, que construída em 1947 é referência em toda a região. A adega está actualmente em fase de remodelação pelo renomado arquitecto Isay Weinfeld, que irá transformar o espaço numa adega singular, que incluirá também um restaurante e uma loja de vinhos.
Informação retirada do site Pinhal da Torre.

Em prova foram colocados 4 vinhos deste produtor agora aqui colocados:

Nova Safra 2004
Castas: Cabernet Sauvignon, Trincadeira, Touriga Nacional e Castelão - Estágio: 9 meses em barrica de carvalho francês e americano - 12,5% Vol.

Tonalidade ruby de média concentração.
Nariz que revela um vinho com certa austeridade, remetendo para fruta negra muito madura aliada a chá preto com toque de seiva, torrados e algum fermento. Tudo muito embrulhado e pouco vistoso, numa complexidade ligeira sem grandes euforias.
Boca com estrutura média, corpo algo curto, fruta madura bem presente com toque vegetal dominante. Mostra uma secura vegetal em conjunto com frescura durante a passagem de boca, certo arredondamento em toada directa e sem rodeios. Final de boca de persistência mediana.

Um vinho muito marcado pela madeira e pelo tom vegetal, quem sabe com o tempo isto passe, por agora nós passamos.
13,5

Vinha do Alqueve 2004
Castas: Trincadeira, Tinta Roriz, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Touriga Franca - Estágio: 6 meses em carvalho francês - 12,5% Vol.

Tonalidade ruby de média intensidade e mediana concentração
Nariz de cariz simples e directo, com fruta (morango e framboesa) bem madura ao lado de travo vegetal e ligeiro especiado. Sensação de fumo e torrado em fundo, invoca ligeira baunilha, tudo simples e bem harmonioso.
Boca de entrada a mostrar alguma frescura, parco de complexidade, mostra-se com a fruta balanceada entre o vegetal e a madeira, muito correcto na passagem de boca. Fino e arredondado, de conjunto ligeiro e final de boca médio/baixo.

Com um preço a rondar os 5€ é um vinho pronto para ser servido no dia a dia, dando uma prova de qualidade, afinado e harmonioso.
14

Quinta do Alqueve - Tradicional 2005
Castas: Castelão, Trincadeira, Tinta Roriz, Touriga Nacional - Estágio: 6 meses em barricas de carvalho francês - 12,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta
Nariz a mostrar um vinho com aroma de boa intensidade, algum químico inicial que se esbate para fruta madura, ligeira compota. Invoca especiarias, ligeiro floral com toque de chocolate, café torrado e tosta. Um vinho de perfil morno, alguma complexidade aromática com fumo de fundo.
Boca a dar uma prova de boa harmonia com nariz, frescura sentida, fruta bem madura com baunilha e torrados. Proporciona uma passagem de boca agradável, suave, macio e bem redondo, frescura presente com algum café, fruta madura, ligeiro balsâmico entre vegetal e fumo, final de boca médio/baixo em conjunto que sem primar pela complexidade se mostra capaz de agradar.

Claramente melhor na boca que no nariz, a mostrar que com 12,5% Vol. se conseguem fazer vinhos apelativos, bem desenhados e de bom nível.
15

Quinta do Alqueve Touriga Nacional 2003
Castas: 100% Touriga Nacional - Estágio: estágio em barricas de carvalho francês pelo período de 12 meses e 1 ano em garrafa - 13% Vol.

Tonalidade granada escuro de média intensidade
Nariz para um aroma que nos afasta do que seria de esperar num Touriga Nacional, muito maduro cheio de compota, chocolate e alguma frescura. Mostra-se com algumas notas de café e ligeiro vegetal de segundo plano. Tudo em plano já a mostrar algum distanciamento do provador, afagado até demais para um Touriga de 2003. O conjunto está em queda e convém não esperar muito mais por ele.
Boca entrada fina e de ligeira secura vegetal, ligeiro balsâmico e algum torrado fazem companhia a fruta madura, tudo simples e sem grande dimensão. Final de persistência médio/baixo.

Um vinho que deu a volta pelo lado errado, virou por onde não devia e perdeu-se completamente. A nota reflecte um vinho já em queda.
14,5

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