Copo de 3: Almirez 2007

02 junho 2009

Almirez 2007

O vinho aqui em prova é a mais recente aposta em terras de Toro, levada a cabo pelo prestigiado Grupo Eguren, que depois de vender a Bodega Numanthia Termes ao grupo LVMH (Louis Vuitton, Moët, Hennessy), volta à carga com os novos vinhos da sua nova bodega em Toro, Teso la Monja.
Tive oportunidade de estar na apresentação deste vinho, que decorreu em Zamora, onde também foram apresentados os seus irmãos mais velhos provenientes de Toro, o elegante Victorino e o portentoso Alabaster. Mas centrando as atenções neste Almirez, um vinho criado a partir de vinhedos próprios com idades que variam entre os 15 e os 35 anos de idade, localizados em Valdefinjas e Toro.
As diferenças para o trabalho que anteriormente foi feito, é que desta vez no Teso la Monja temos direito a um vinho de entrada de gama, com um preço muito mais que acessível, com o cunho de qualidade que acostumou o grupo Eguren.
Como nota curiosa, a palavra Almirez provém do Árabe "al-mirhäs" e é um pequeno morteiro utilizado na cozinha para moer alhos, especiarias, sementes...

Almirez 2007
Castas: 100% Tinta de Toro - Estágio: 12 meses em 30% de barrica nova de carvalho francês e 70% em barrica de 1 ano. - 13,5% Vol.

Tonalidade granada escuro de concentração média.

Nariz onde o que destaca inicialmente é a qualidade e intensidade da fruta (frutos do bosque), madura, fresca e ao mesmo tempo com toque guloso de compota e notas licoradas. Madeira presente mas discreta, contribuição sustentada nos toques de baunilha, café torrado, especiarias e um conjunto que no seu jeito graxista/envolvente, ainda mostra alguns sinais de ligeira austeridade, sinais de que mais tempo em garrafa lhe faz falta.

Boca com ataque conquistador, é do estilo deixem passar que ele é que manda, a fruta ao querer-se trincar explode na boca com toques de café torrado e licor de frutos do bosque. Bem estruturado e apesar de firme, nota-se com corpo mediano, mas não convém esquecer que apesar de tudo este é o entrada de gama, e pelo que apresenta, está de parabéns. Tudo muito convincente, frescura a contrapor a dosagem da fruta, tudo sem ser abusivo ou austero, a passagem de boca apesar de ter algum "caudal" mostra já certa afinação entre fruta e taninos, com final de boca onde os toques de café torrado se mostram novamente, em média persistência.

É uma belíssima estreia este Almirez, com alguma margem de progressão em garrafeira, fiel à casa e à região, valor seguro para agora ou daqui a uns anos. Preço a rondar os 15€, e a deixar vontade de provar os vinhos que a ele se seguem na escala da qualidade, com próxima paragem lá para Setembro na saída do Victorino 2007.
16,5

2 comentários:

Chapim disse...

Caro,
de que produtor é este vinho?

Grande abraço
Chap

João de Carvalho disse...

Rui, como podes ver pela pequena introdução, este vinho pertence à nova incursão em Toro, do ex dono dos Numanthia Termes.
Portanto é um vinho feito pelo grupo Eguren, cujo nome da bodega em Toro, é Teso la Monja.

 
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