Copo de 3: VALE D´ALGARES SELECTION branco 2008

03 fevereiro 2010

VALE D´ALGARES SELECTION branco 2008

O produtor Vale D`Algares lançou recentemente um novo segmento dentro do seu portfolio de vinhos. Denominado “Selection” este segmento situa-se entre o já conhecido Guarda Rios e o patamar mais elevado Vale D’Algares (Viognier). Numa primeira fase foi lançado o “Selection” branco, colheita de 2008, proveniente de uvas dos talhões que mais se destacaram no conjunto da vinha (9A+9B). Viognier e Alvarinho foram as castas que neste ano atingiram maior complexidade, elegância e frescura, características pilar desta gama “Selection”, um produto Super-Premium concebido pelo enólogo Pedro Pereira Gonçalves, produzido em solos argilo-calcários, sob um clima de influência Mediterrânico com influência do rio Tejo. Sujeito a uma colheita manual para caixas de 12 quilos, transportadas sob protecção de gelo seco, e vinificação em tapete de escolha de cachos. As castas – Viognier (55%) e Alvarinho (45%) – são sujeitas a prensagem 100% com engaço e fermentação alcoólica em barricas de carvalho francês (90%) e cubas de inox (10%). É comercializado nos pontos de venda a um P.V.P. recomendado de 8,5€.

VALE D´ALGARES SELECTION branco 2008
Castas: Viognier (55%) e Alvarinho (45%) - Estágio: barricas de carvalho francês com battonage, durante seis meses - 14% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com dourado ligeiro em média concentração.

Nariz de boa intensidade, dominado por abundante fruta madura (pêssego, maçã verde, manga, lima, tangerina) acompanhada por tosta, algum melado, flores laranjeira, chá verde e mineralidade sentida em fundo. Boa frescura de conjunto, com toque de vegetal fresco, sentindo-se uma boa untuosidade dada pela barrica, com boa harmonia entre fruta/barrica/acidez num vinho que se sabe mostrar desde o início.

Boca de perfil bem estruturado, a mostrar desde logo um vinho fresco e com fruta bem presente em harmonia com leve cremosidade que confere algum arredondamento ao vinho. Além do bom volume na boca, tem também algum peso, jogando em pleno com o encontrado anteriormente na prova de nariz, sente-se a fruta bem madura, leve toque de calda, algum vegetal e travo mineral em pano de fundo, com final de persistência média/alta.

É um vinho também ele resultante de um lote improvável na região onde nasceu, digo improvável porque é fruto de uma casta estrangeira (Viognier) e de uma casta natural da região dos vinhos verdes (Alvarinho). Aqui o resultado é bastante satisfatório, destacando-se uma boa harmonia entre fruta/barrica/acidez/álcool, o vinho facilita e de que maneira a aproximação de quem o prova, mostra tudo o que tem e sabe manter-se assim durante o tempo suficiente para se terminar a refeição. É uma belíssima aposta, ainda por mais tendo em conta o preço que pedem por ele. 16,5 - 91 pts

6 comentários:

Transparente disse...

É um belo branco português.
Gostei muito.

Abílio Neto disse...

Ainda não bebi isso, e está ao lado e casa... acho que este fds vou tratar do assunto.

Pingas no Copo disse...

Eu gostei, mas pareceu-me um pouco pesado, um pouco moderno demais (conceito estranho, este). Não sei...

João de Carvalho disse...

Rui, o que importa é que tenhas gostado. Não será um vinho de terroir, nem um vinho que diz de chapa onde nasceu... é sim um vinho muito bem feito com o objectivo de agradar, e tu gostaste, pelo que o objectivo foi alcançado.

Transparente disse...

João, sem tirar nem pôr.

Abílio Neto disse...

Já bebi. É bom. Miguel, não lhe ponhas ao lado Bétula, ainda não... ;-)

 
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