Copo de 3: DFE SIGNATURE 2007

18 abril 2010

DFE SIGNATURE 2007

"Os vinhos DFE Signature são um exemplo inquestionável da mais alta qualidade daquilo que o Douro é capaz de produzir. Clássico, intenso, complexo, elegante e rico são alguns dos adjectivos aos quais podemos recorrer para descrever aquele que é a epítome dos vinhos DFE."

DFE Signature 2007
Castas: tradicionais do Douro - Estágio: barricas de carvalho francês - 15,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.

Nariz coeso e algo preso no arranque, apesar disso mostra uma boa intensidade com barrica em primeiro plano a debitar tosta, baunilha, chocolate preto, especiaria... num todo onde a fruta negra bem madura e fresca surge depois, com resina e flor de esteva à mistura. Não tão fresco nem tão equilibrado como o DFE Premium, este mostra-se mais "carregado" nos seus atributos, onde a frescura tem um papel importante e que não permite ao vinho tornar-se demasiadamente pesado.

Boca boa de corpo, concentrado e estruturado, sente-se robustez e ao mesmo tempo uma vontade de querer mostrar-se elegante e fresco. Mais fruta e percepção da madeira, chocolate preto e especiaria, também aqui se mostra algo sisudo, pouco conversador, desenvolve pouco, precisa da rodagem que só o tempo lhe pode dar. Os taninos jogam ao esconde-esconde, com um final a deixar novamente espreitar o álcool (que bom seria que fosse passando despercebido) quando a temperatura começa a subir um pouco mais, tornando o vinho algo pesado e perde assim algum interesse. O final é longo e de boa persistência.

Um mais que merecido destaque para a bonita e elegante apresentação da garrafa. Como topo de gama é claramente o mais complexo, o que requer mais tempo de copo e de garrafa para melhor se mostrar, sólido de estrutura, tem qualidade indiscutível em que o único senão será a meu ver a excessiva graduação que apresenta, 15,5% Vol. A acidez ainda que presente, compensa até certo ponto, pois a determinado momento a temperatura sobe e o álcool parece querer mostrar-se e tomar conta da conversa... pessoalmente é coisa que não aprecio num vinho. Seria possível fazer este vinho com menos álcool ? Não seria isso mais prazenteiro na altura da sua prova ? Se os vinhos cada vez mais se querem frescos, equilibrados e com uma graduação comedida, porquê tanto álcool ? O que incomoda é a sua presença a quando da prova, pode fazer parte do vinho e não se notar minimamente, mas fosse este o caso, a nota seria claramente mais alta. 16 - 90 pts

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