Copo de 3: Quinta dos Aciprestes Reserva 2003

27 novembro 2007

Quinta dos Aciprestes Reserva 2003

Desde o ano de 1860 que a "Quinta dos Aciprestes'' é o resultado de uma conglomeração de várias quintas limítrofes. A Quinta original, chamada dos "Cyprestes" foi fundada no séc. XVIII, por D. José de Seabra, um dos Ministros da Rainha D. Maria I, e, depois, propriedade dos seus sucessores, os Viscondes da Baía.
Nos dias de hoje pertence à Real Companhia Velha, a "Quinta dos Aciprestes" estende-se por mais de 2 Km sobre a margem esquerda do Rio Douro, na zona do Tua. Facilmente identificável pelos seus seis Ciprestes, árvores localizadas junto à Casa da Quinta, e pela caracterização paisagística do local, enquadrada por vinhedos dispostos na vertical, destacando-se a ausência dos tradicionais socalcos, fruto dos recentes trabalhos de reconversão das vinhas.
Como resultado dessa recente transformação, 90% das vinhas existentes são plantações recentes e no sistema de vinha ao alto, o que permitiu a mecanização de uma grande parte da propriedade.

Quinta dos Aciprestes Reserva 2003
Castas: Touriga Nacional e Touriga Franca - Estágio: estágio prolongado em barricas de carvalho Francês e Americano - 14% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração alta.
Nariz a indicar um vinho de boa intensidade e complexidade aromática, sente-se esteva e a fruta bem madura (amoras, cerejas), um toque de rosmaninho e alfazema complementam o conjunto. Em sintonia com a fruta temos uma madeira muito bem integrada, apresentada com frescura de conjunto, balsâmico presente, com baunilha e moka, especiarias, cacau, torrados. Tudo muito bem casado e equilibrado sem cair em exageros ou altas concentrações, antes é fino e elegante com um final de toque terroso/mineral.
Boca com entrada firme, um vinho que se mostra seguro de si, confiante, fino e equilibrado no seu conjunto, com a madeira em grande ligação com a fruta. Tudo bem estruturado e com corpo pleno de harmonia, balanceado pelas especiarias e torrados, pelo cacau e por algum balsâmico. Com toda esta finura no trato, a passagem de boca só pode ser aveludada e com ligeira frescura, final de bela persistência.

Um vinho que pelos 8-9€ que pedem por ele é uma aposta a seguir muito de perto, um valor seguro que merece ser conhecido, bebido em boa companhia e até esquecido durante uns anos na garrafeira. O prazer esse está assegurado.
16,5

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