É em Freixo do Numão, Douro Superior, e na Quinta do Carrenho propriedade do Engº Hernani Verdelho, que são produzidos os vinhos Dona Berta.É na Quinta do Carrenho que há cerca de 25 anos, este apaixonado pelo mundo do vinho se veio estabelecer, terra dos seus antepassados e onde desde muito novo assistiu à plantação do vinhedo e ao processo de vinificação, concretizando assim um velho sonho.
Conta no mercado com 3 vinhos, um Reserva tinto, um extreme de Rabigato aqui em prova, junta uvas provenientes de vinhas com cerca de 150 anos (pré-filoxéricas) com uvas de vinhas novas, da colheita de 2007, e o topo de gama feito apenas de Vinhas Velhas. Mais recentemente irá lançar para o mercado um extreme de Sousão.
Castas: Rabigato - Estágio: inox - 13,5% Vol.
Tonalidade amarelo dourado de nuances esverdeadas, em concentração média.
Nariz a mostrar uma bela intensidade, de fina complexidade em conjunto pleno de frescura e uma bela concentração de aromas. O travo principal é de fruta madura de grande qualidade por entre os citrinos e o tom mais tropical, doce de gila dá no fundo uma leve noção de adocicado. A mineralidade presente e dominante no segundo plano, ao lado de sensação de relva fresca com sensação de fumado no final, confere uma prova de alto nível neste que é um dos grandes brancos de Portugal.
Boca com entrada a revelar uma belíssima estrutura, tudo no sítio, corpo cheio e de algum arredondamento. Na passagem de boca dá um grande prazer durante a prova, mostra uma acidez bem viva e a conseguir dar enorme frescura aliada à mineralidade sentida em fundo. A fruta bem presente ao semelhante do nariz, carimba a passagem com toque vegetal (relva). Podemos dizer que a presença deste vinho na boca é marcante, um comprimento no palato acima da média e muito agradável, tal como o seu final de boca que é médio/alto no que toca a persistência.
Se a nota de prova é quase semelhante à da anterior colheita, é caso para dizer que o trabalho e resultado final tem vindo a ser muito bom, conseguindo manter-se constante o perfil e qualidade. Este 2007 contudo parece e é melhor que a versão de 2006, a acidez mais marcante e um melhor delineamento de aromas faz com que este vinho possa e deva ser considerado como o melhor dos Rabigato provados até aos dias de hoje. Foi amante perfeito de um arroz de lingueirão.
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1 comentário:
Não sou de facto um apreciador de vinhos brancos, mas este impressionou-me.
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