Copo de 3: Olho de Mocho Reserva branco 2005

02 agosto 2008

Olho de Mocho Reserva branco 2005

Um sonho que se tornou desejo, uma vontade que se tornou realidade, é assim que surge entre a Vidigueira e Cuba, a Herdade do Rocim.
Este novo produtor de vinho do Alentejo, conta com uma propriedade de 100ha, adquirida em 2000 por um empresário de Leiria a pedido de uma das filhas. A herdade foi alvo de trabalhos de reestruturação e qualificação durante 6 longos anos, incluindo a plantação da maior parte da vinha que hoje totaliza 60ha, repartidos por 40ha de castas tintas e 20ha de castas brancas entre as quais consta a Alvarinho.
O projecto teve como ponto alto, a edificação de uma adega onde se destaca claramente o desenho da mesma e a sua capacidade para acolher variadas iniciativas culturais. É uma adega a entrar claramente na nova tendência das adegas de autor, autênticas catedrais do vinho, que a bom tempo se instalou em Portugal.
Um produtor que aposta forte na sua imagem e no que pretende transmitir ao consumidor, de uma maneira muito elegante e onde o bom gosto está presente. Em prova o Reserva branco da gama Olho de Mocho, um extreme de Antão Vaz que como estreia veio muito prometedor.

Olho de Mocho Reserva Branco 2005
Castas: 100% Antão Vaz - Estágio: Parte do vinho teve fermentação em barricas novas de carvalho francês (Allier) e carvalho americano (25%) com mais 3 meses em garrafa - 13% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com leve dourado presente.

Nariz de boa intensidade, despontando uma ligeira complexidade em conjunto fresco entre as notas de fruta tropical e alguns citrinos, tudo bem maduro que se conjuga com notas de geleia. Sente-se untuosidade derivada da madeira no nariz com apontamento floral ligeiro em segundo plano.

Boca com entrada estruturada, corpo mediano mas roliço, apresenta segurança e equilíbrio no seu todo. Frescura sentida mas pecando por curta, perdendo um pouco o fulgor que trazia do nariz, espacialidade algo contida tal como a presença da madeira que pouco se deixa notar. Derivações entre apontamentos de fruta tropical madura (ananás), alguma tosta e um toque verdoso no final de boca, de persistência média.

É um vinho bem feito e que dá prazer, que conta com uma concorrência alargada e muito apertada no campo da qualidade dos extreme Antão Vaz. Certo que pelo preço pedido, ronda os 12€ esperava-se mais qualquer coisa nos seus atributos.
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