Como em tudo na vida, nada melhor do que fazer-se aquilo que se gosta, aquilo com que se sonha e que um dia se torna realidade.
É o poder dizer-se que se tem o trabalho que sempre foi desejado, a esposa que é o amor de uma vida, o carro com que sempre sonhou ou a casa que sempre procurou, é a sensação de felicidade plena que passamos grande parte da vida a tenta atingir, e por vezes não chegamos a concluir.
E no que toca aos vinhos que bebemos, será que estamos satisfeitos ? será que esses mesmos vinhos nos complementam e ajudam a ser felizes ?
Visto as coisas nos tempos actuais, com a enorme proliferação de marcas no mercado e a constante compra de variados vinhos por parte dos consumidores, leva a crer que é difícil dizer-se que se está satisfeito, não fosse essa mesma mudança encarada como um claro sinal de insatisfação.
E todos aqueles vinhos que consideramos valores seguros e continuamos a comprar ano após anos, será que esses vinhos são aqueles que sempre procuramos e que nos conseguem satisfazer plenamente ?
Será que o principal motivo que nos leva a provar tanto vinho, é sem sombra de dúvidas a procura da tal satisfação que ainda não conseguimos encontrar ? e no dia em que a encontrarmos o que acontece ?
É o poder dizer-se que se tem o trabalho que sempre foi desejado, a esposa que é o amor de uma vida, o carro com que sempre sonhou ou a casa que sempre procurou, é a sensação de felicidade plena que passamos grande parte da vida a tenta atingir, e por vezes não chegamos a concluir.
E no que toca aos vinhos que bebemos, será que estamos satisfeitos ? será que esses mesmos vinhos nos complementam e ajudam a ser felizes ?
Visto as coisas nos tempos actuais, com a enorme proliferação de marcas no mercado e a constante compra de variados vinhos por parte dos consumidores, leva a crer que é difícil dizer-se que se está satisfeito, não fosse essa mesma mudança encarada como um claro sinal de insatisfação.
E todos aqueles vinhos que consideramos valores seguros e continuamos a comprar ano após anos, será que esses vinhos são aqueles que sempre procuramos e que nos conseguem satisfazer plenamente ?
Será que o principal motivo que nos leva a provar tanto vinho, é sem sombra de dúvidas a procura da tal satisfação que ainda não conseguimos encontrar ? e no dia em que a encontrarmos o que acontece ?
Andam satisfeitos com os vinhos que bebem ?
14 comentários:
Realmente é muito complicado escolher um vinho que nos satisfaça. Quando nos deparamos na banca que temos no supermercado, e temos imensos vinhos, muito dificilmente escolheremos o melhor.
Outra desvantagem, é que aqueles vinhos que sabemos que são bons, por vezes têm um preço um pouco elevado...
Abraços
Mas e os ditos vinhos que sabemos que são bons, esses mesmos vinhos são capazes de proporcionar a plena satisfação ?
Os vinhos que vocês provam, estão plenamente satisfeitos ou falha sempre qualquer coisa ?
Se não andássemos, todos nós, minimamente satisfeitos com os vinhos bebidos, já não bebíamos.
Agora quanto à satisfação, será maior a do caminho ou a do destino?
Eu acho que por não andarmos satisfeitos com o que bebemos é que constantemente andamos a comprar novos vinhos... quem sabe seja o próximo.
Penso que a meta da satisfação é proporcional ao caminho que se faz para lá chegar.
Não vejo as coisas dessa forma.
Apesar de andarmos sempre à procura de melhor, podemos perfeitamente satisfazer-mo-nos com o que conseguimos da vida. O que importa é ter boa companhia para desfrutar dela.
Quão mais dificil se torna a conquista mais saborosa ela é, e penso que é um bom fio condutor.
Miguel, mas não concordas que é natural querermos sempre mais e melhor ? Penso que ficarmos resignados ao que já temos, não seja uma reacção normal.
Quantos vinhos de gama média ou mesmo baixa gama já se provaram e não achamos que valiam o dinheiro pedido e o mesmo aconteceu com topos de gama que de igual modo não corresponderam face ao que esperávamos e queríamos encontrar ?
PS: Ultimamente anda por aqui um ''anónimo'' do Porto muito preocupado com o que se escreve neste local, parece que chama a isto o ''efeito geirinhas'' visto que aos olhos do tal ''anónimo'' artigos como este são como que um fazer a vontade ao pedido de tal Sr.
Não sei se o chame mais de anónimo ou se o trate pelo seu verdadeiro nome, mas convém informar que muito antes do artigo do JGR, já o Copo de 3 tinha artigos deste e de outro tipo.
Claro que sim João, procurar sempre melhorar e conseguir coisas melhores, mas não ficar angustiado com o que temos.
Em relação aos anónimos, caem em saco roto...não ligues.
Abraço
«...procurar sempre melhorar e conseguir coisas melhores, mas não ficar angustiado com o que temos.»
Nem mais.
A procura do melhor não inviabiliza que se esteja satisfeito com o que temos. O vinho, para mim tem a enorme virtude de todos os dias nos poder espantar com as novidades. E nestas não estão de fora os vinhos velhos que quanto a mim estão muito esquecidos. AJS
Na nossa opinião, não há meta de satisfação. Quando provamos um vinho que nos satisfez, da próxima vez que formos ao supermercado vamos querer sempre melhor que o último que comprámos, e por aí fora...
Abraços
eu gosto muito de experimentar um vinho novo. Da sensação de olhar para uma garrafa, ver a região, as castas, o produtor e imaginar como o vinho será. Estes vinhos podem ir para a secção do "não volto a provar este vinho" ou "tenho de voltar a beber este vinho" (se for indiferente, simplesmente não o volto a comprar que a oferta é muito grande). E gosto de pensar qual dos meus amigos gostaria daquele vinho e sugerir a sua compra ou oferecer-lhe uma garrafa.
Mas também gosto de chegar a casa e pegar num vinho que sei perfeitamente como é e sei que eu e os meus amigos vamos gostar dele. Saber que vai bem com um cabrito assado ou com umas ameijoas. Saber que o Pedro gosta daquele vinho, mas o Ricardo e a Margarida preferem aquele.
Infelizmente há uma ou outra garrafa que saí mal (e aí dizemos que foi a rolha, a guarda no hipermercado correu mal, trata-se de uma garrafa má ou simplesmente o nosso gosto mudou-se ao longo dos tempos - eu agora não gosto de Nestum mel e gostava quando era criança) e damos uma segunda oportunidade ao vinho. Mas se voltar a correr mal, cai para a secção dos "dificilmente volto a provar este vinho" pois fico com a sensação de que não vou conseguir ter prazer em beber esse vinho ou em servi-lo a amigos pois simplesmente deixei de gostar dele.
Finalmente penso que o alternar de vinhos é sinal de que não estamos completamente satisfeitos com o que temos, o que é normal. É sinal de que queremos experimentar sensações novas na esperança de encontrar algo melhor. Já o António Variações dizia e com razão
"Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só quero estar
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não estousatisfeitos com o que temos."
Um abr
NF
Não tiro nem uma virgula... completamente de acordo e desde já agradeço o seu contributo para a discussão.
Cumprimentos.
Se ando satisfeito com o vinho que bebo?
Sim e não. Como disseram vários comparsas aqui em cima há n motivos, por isso nã me vou alongar. Mas vou dar dois exemplos, um não e um sim recentes:
Um Dona Maria reserva 2003, que abri Sábado dia 7, e custou 32€. Fiquei decepcionado (adorei o 2005).
Um Post Scriptum 2007, que na minha modesta opinião bate-se na boa com muitos vinhos do Douro acima do 25€ e custou "apenas" cerca de 13€. Abri-o dia 30 de Janiero.
Abraço
Nossa vinosfera é, talvez, o único lugar em que podemos praticar a infidelidade sem que sejamos cruxificados por isso. É uma eterna viajem na busca de novas experiências num mundo vasto de opções que nos é oferecido de forma tentadora. Tudo bem, ao provar cada vez mais, separamos aqueles que são porto seguro para determinados momentos (como na musica, o ritmo tem que acompanhar seu estado de espirito), mas quem mergulha nesse mundo tentador não busca necessariamente o melhor e sim o novo. Nota dez o comentário do NF!
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