Estive no vai não vai para colocar como título para este vinho, uma surpresa que veio do Sul, pois foi do soalheiro Algarve que me chegou este, Quinta do Francês 2006.
Um tinto que durante a prova revelou ser uma boa surpresa e que sinceramente não estava à espera face ao desempenho que outros tantos vinhos Algarvios já me tinham acostumado.
Ainda bem digo eu, pois este exemplar conseguiu algo que outros até aos dias de hoje ainda não conseguiram, o ficar com a vontade de o voltar a provar.
Este vinho Regional Algarve, vem de Odelouca River Valley, que não fica nos Estados Unidos e muito menos na Austrália, afinal de contas, tudo começou quando um médico francês, Patrick Agostini, decidiu converter uma encosta da Ribeira de Odelouca em paisagem vinhateira.
Foram 6,5 hectares que se tiveram de desmatar e drenar, para que naquele solo de xisto ácido, fosse plantada a vinha, composta apenas por castas tintas (Cabernet Sauvignon, Syrah, Trincadeira e Aragones). Em sete longos anos, só conseguiu uma produção experimental de 4.000 litros, porem esta ainda se encontra aquém das exigências de Patrick Agostini.
Em lançamento no mercado, encontra-se a colheita 2006 (aqui em prova), para dar lugar lá mais para Junho à colheita de 2007.
Um tinto que durante a prova revelou ser uma boa surpresa e que sinceramente não estava à espera face ao desempenho que outros tantos vinhos Algarvios já me tinham acostumado.
Ainda bem digo eu, pois este exemplar conseguiu algo que outros até aos dias de hoje ainda não conseguiram, o ficar com a vontade de o voltar a provar.
Este vinho Regional Algarve, vem de Odelouca River Valley, que não fica nos Estados Unidos e muito menos na Austrália, afinal de contas, tudo começou quando um médico francês, Patrick Agostini, decidiu converter uma encosta da Ribeira de Odelouca em paisagem vinhateira.
Foram 6,5 hectares que se tiveram de desmatar e drenar, para que naquele solo de xisto ácido, fosse plantada a vinha, composta apenas por castas tintas (Cabernet Sauvignon, Syrah, Trincadeira e Aragones). Em sete longos anos, só conseguiu uma produção experimental de 4.000 litros, porem esta ainda se encontra aquém das exigências de Patrick Agostini.
Em lançamento no mercado, encontra-se a colheita 2006 (aqui em prova), para dar lugar lá mais para Junho à colheita de 2007.
Quinta do Francês 2006
Castas: Cabernet Sauvignon, Syrah, Trincadeira e Aragones - Estágio: 16 meses em carvalho francês novo e 6 meses em garrafa - 13,5% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.
Nariz a mostrar-se num pendolo que vagueia entre uma nuance de fruta madura (cereja, ameixa e alguma groselha) e o vegetal fresco (rama de tomate). O vinho parece andar num pequeno reboliço ou direi mesmo um pouco inconstante no que toca ao aroma, mostrando-se ao mesmo tempo algo delicado e sem grandes exuberâncias. Consegue transparecer um toque químico que se funde nos tiques da barrica, a baunilha ligeira e um floral (lavanda ?!?) que anda a brincar ao esconde-esconde. Tudo enrolado e muito bem encaminhado por uma frescura que aqui se mostra regada por especiarias (pimentas).
Boca de entrada fresca, dando as mesmas sensações que na prova de nariz, o herbáceo que não se mostra de forma exagerada, marca a sua presença ao lado de uma acidez que lhe confere frescura e percorre toda a boca de princípio a fim.
A tosta, o fumo, a harmonia que consegue mostrar sem um corpo desmesuradamente cheio ou pesado, com alguns taninos vivos a saltitar por ali. Final de bela persistência, com a frescura e o vegetal fresco a dizerem adeus.
É um vinho que ganhou claramente com o tempo que passou no copo, a decantação foi benéfica seja dito. O vinho aparenta mostrar-se numa fase onde ainda se está a conhecer a si próprio, revelando arestas por limar aqui e ali, uns taninos mais rebeldes ou a mistura entre químico e vegetal, são exemplo disso mesmo. Será muito curioso ver como vai evoluir daqui para a frente. No que toca a gastronomia arriscaria sem receios num casamento com uma feijoada de búzios. Gostei.
15,5Castas: Cabernet Sauvignon, Syrah, Trincadeira e Aragones - Estágio: 16 meses em carvalho francês novo e 6 meses em garrafa - 13,5% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.
Nariz a mostrar-se num pendolo que vagueia entre uma nuance de fruta madura (cereja, ameixa e alguma groselha) e o vegetal fresco (rama de tomate). O vinho parece andar num pequeno reboliço ou direi mesmo um pouco inconstante no que toca ao aroma, mostrando-se ao mesmo tempo algo delicado e sem grandes exuberâncias. Consegue transparecer um toque químico que se funde nos tiques da barrica, a baunilha ligeira e um floral (lavanda ?!?) que anda a brincar ao esconde-esconde. Tudo enrolado e muito bem encaminhado por uma frescura que aqui se mostra regada por especiarias (pimentas).
Boca de entrada fresca, dando as mesmas sensações que na prova de nariz, o herbáceo que não se mostra de forma exagerada, marca a sua presença ao lado de uma acidez que lhe confere frescura e percorre toda a boca de princípio a fim.
A tosta, o fumo, a harmonia que consegue mostrar sem um corpo desmesuradamente cheio ou pesado, com alguns taninos vivos a saltitar por ali. Final de bela persistência, com a frescura e o vegetal fresco a dizerem adeus.
É um vinho que ganhou claramente com o tempo que passou no copo, a decantação foi benéfica seja dito. O vinho aparenta mostrar-se numa fase onde ainda se está a conhecer a si próprio, revelando arestas por limar aqui e ali, uns taninos mais rebeldes ou a mistura entre químico e vegetal, são exemplo disso mesmo. Será muito curioso ver como vai evoluir daqui para a frente. No que toca a gastronomia arriscaria sem receios num casamento com uma feijoada de búzios. Gostei.
1 comentário:
Provei e adorei. Nota 16,5
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