Os tempos modernos têm permitido a alguns produtores, enveredarem por caminhos cheios de experiências e tentativas de inovação, grande parte das vezes são caminhos estreitos e vertiginosos e que uma vez entrando torna-se difícil sair, obviamente uns são mais bem sucedidos e outros nem tanto. Encaixo no exemplo dos bem sucedidos (até ver no que respeita às novidades), o produtor do vinho Soalheiro, aquele que se tornou ao longo dos últimos 25 anos um alvarinho de referência e um dos grandes brancos de Portugal.
No passado recente este produtor tem vindo a aumentar consideravelmente a sua gama, primeiro com um surpreendente Primeiras Vinhas, seguido de um topo de gama Reserva, depois um Allo Dócil e a mais recente experiência tem como nome Soalheiro Alvarinho Dócil.
Centro a atenção no Allo dócil 2008 (Alvarinho e Loureiro), que resultou da parceria entre Dirk Niepoort e José António Cerdeira, onde o objectivo foi a produção de um branco que apresentasse ligeiro açúcar residual (entenda-se como doçura), boa dose de frescura e pouco grau alcoólico, o que poderá ser resumido na palavra Dócil.
No passado recente este produtor tem vindo a aumentar consideravelmente a sua gama, primeiro com um surpreendente Primeiras Vinhas, seguido de um topo de gama Reserva, depois um Allo Dócil e a mais recente experiência tem como nome Soalheiro Alvarinho Dócil.
Centro a atenção no Allo dócil 2008 (Alvarinho e Loureiro), que resultou da parceria entre Dirk Niepoort e José António Cerdeira, onde o objectivo foi a produção de um branco que apresentasse ligeiro açúcar residual (entenda-se como doçura), boa dose de frescura e pouco grau alcoólico, o que poderá ser resumido na palavra Dócil.
Allo dócil 2008
Castas: Alvarinho e Loureiro - Estágio: inox - 10,5% Vol.
Tonalidade amarelo citrino de ligeira concentração.
Nariz em mediana intensidade, um pouco calmo ou mesmo dócil no seu manifesto, mostra fruta (tropical, citrino e alguma fruta branca) madura e fresca com alguma calda, floral e herbáceo em segundo plano. Consegue cativar pela maneira simples e descontraída como se mostra.
Boca de entrada fina, delicada, afinada, com ligeiro toque de doçura presente e que de imediato se faz acompanhar por uma acidez moderada. Exprime-se da mesma forma que no nariz, embora a doçura ganhe aqui um maior destaque como será de compreender. O final de boca é mediano tal como a sua persistência. Talvez meigo/dócil demais para o meu gosto.
Nariz em mediana intensidade, um pouco calmo ou mesmo dócil no seu manifesto, mostra fruta (tropical, citrino e alguma fruta branca) madura e fresca com alguma calda, floral e herbáceo em segundo plano. Consegue cativar pela maneira simples e descontraída como se mostra.
Boca de entrada fina, delicada, afinada, com ligeiro toque de doçura presente e que de imediato se faz acompanhar por uma acidez moderada. Exprime-se da mesma forma que no nariz, embora a doçura ganhe aqui um maior destaque como será de compreender. O final de boca é mediano tal como a sua persistência. Talvez meigo/dócil demais para o meu gosto.
O vinho em questão com um preço de compra acessível, ronda os 6€ em garrafeira, não me conseguiu despertar grandes euforia ou atenção. É um vinho de aproximação fácil, mas que depois na forma como se mostra de tão fácil que é, dá a sensação que lhe falta algo mais em boca que no nariz. Funciona bem a acompanhar entradas simples ou até alguma comida de cariz mais oriental desde que não muito temperada. 15 - 87 pts
4 comentários:
Umas questões sobre a pontuação:
1. Porquê a alteração do sistema de pontuação (de 10 a 20 para X a 100)?
2. Como é que um 84 equivale a 13.5 e um 87 a 15?
3. Tu quando dás a nota a um vinho tens em consideração o preço do vinho ou não (ou seja, o mesmo vinho tem nota 17 se custar 5€ e 15 se custar 25€).
Um abr
NF
Caríssimo, passo a explicar:
Não mudei o sistema de pontuação, apenas decidi colocar ao lado o equivalente na escala que já tinha adoptado muito antes, de 50-100 e que poderia ser encontrada na secção dedicada à Escala.
Penso que quem vem de fora fica mais familiarizado com a escala 50-100 do que com 10 a 20.
Feitas as contas, e a matemática não engana deixo aqui a tabela para se poder conferir todos os valores.
0 a 100-------0 a 20-------50 a 100
0-1-2-----------0-------50
...
24-25-26-------5-------62-63
...
44-45-46-------9-------72-73
47-48----------9.5-------74
49-50-51-------10-------75
52-53----------10.5-------76
54-55-56-------11-------77-78
57-58----------11.5-------79
59-60-61-------12-------80
62-63----------12.5-------81
64-65-66-------13-------82-83
67-68----------13.5-------84
69-70-71-------14-------85
72-73----------14.5-------86
74-75-76-------15-------87-88
77-78----------15.5-------89
79-80-81-------16-------90
82-83----------16.5-------91
84-85-86-------17-------92-93
87-88----------17.5-------94
89-90-91-------18-------95
92-93----------18.5-------96
94-95-96-------19-------97-98
97-98----------19.5-------99
99-100---------20-------100
No acto da prova eu não sei o preço dos vinhos, pelo que a nota é dada pela prestação que determinado vinho tem naquele instante. Vejamos o exemplo do Soalheiro 2008 que teve 17 valores e custa menos de 10€, o Pêra Manca branco 2006 custa o dobro e teve uma prestação bastante inferior.
"No acto da prova eu não sei o preço dos vinhos..."
Se há coisa que tu te orgulhas de mostrar em pleno fórum é o preço dos vinhos...
Vais me dizer que não sabes o preço dos vinhos quando provas????
conta estórias
Disse isso com o intuito de querer dizer que no acto da prova o preço dos vinhos não tem qualquer peso na sua avaliação... ou seja, no acto da prova eu "não sei o preço" daquele vinho.
E em alguns casos não sei mesmo, sendo prova cega ou sendo prova em que os produtores enviam amostras, os preços por vezes não são indicados, o que me faz ter de procurar posteriormente junto ao produtor essa mesma informação.
Dito tudo isto, obviamente que sempre que posso eu coloco o preço ou de referência ou de compra. Não é orgulho mas sim algo que as pessoas têm direito a saber.
Enviar um comentário