Depois de ter provado o Jiménez-Landi Sotorrondero 2007, dou lugar à prova do Jiménez-Landi Piélago 2007. As vinhas que lhe dão origem, plantadas em 1960 sobre solos siliciosos de origem granítica, são o orgulho deste produtor e ficam situadas na Serra de San Vicente (Real de San Vicente) a 50 km de Méntrida, dispersas em 11 pequenas parcelas de Garnacha, num total de 8 hectares, a uma altitude que varia entre os 750 e os 850 metros.
Sobre os solos diz o produtor, e passo a citar:
Sobre os solos diz o produtor, e passo a citar:
“Los componentes silíceos aportan frescura a los vinos, caballo de batalla de los vinos españoles, sobre todo de los procedentes de la zonas cálidas. La altitud es mi arma contra la latitud en la que me encuentro. En la Sierra de San Vicente existe gran diferencia térmica entre el día y la noche, lo cual es fundamental en el ciclo de maduración, porque la hace más lenta. Puedo decir que mis Garnachas maduran a fuego lento. Además, disfruto trabajando con esta variedad. Aunque sea una de las más ingratas, es de las que más valoro porque bien elaborada puede dar unos vinos excelentes”
A ter em conta algumas diferenças no processo de elaboração dos dois vinhos, enquanto o Sotorrondero a uva entra sem engaço, no Piélago a uva entra com engaço (30-100% dependendo da vinha). No que toca ao estágio em barrica destes vinhos, passam ambos por carvalho francês, sendo que o Sotorrondero em barricas de 300 e 500 litros e o Piélago em barricas de 500 e balseiros de 1.500 litros. Segundo o enólogo:
A ter em conta algumas diferenças no processo de elaboração dos dois vinhos, enquanto o Sotorrondero a uva entra sem engaço, no Piélago a uva entra com engaço (30-100% dependendo da vinha). No que toca ao estágio em barrica destes vinhos, passam ambos por carvalho francês, sendo que o Sotorrondero em barricas de 300 e 500 litros e o Piélago em barricas de 500 e balseiros de 1.500 litros. Segundo o enólogo:
“No uso la barrica bordelesa de 225 litros porque me interesa una crianza un poco más reductiva, con menos microoxigenación, en que el vino tenga menos contacto con la madera para proteger sus aromas varietales y minerales”
Bodegas Jiménez-Landi Piélago 2007
Castas: Garnacha 100% - Estágio: 14 meses em barricas de carvalho francês de 500 e 1.500 litros. - 14,5% Vol.
Tonalidade ruby escuro de concentração alta.
Nariz marcado logo de inicio por tosta e fruta negra (ameixa, framboesa, amora) bem madura com alguma passa (ameixa). Sente-se um vinho denso e mais sério que o Sotorrondero, toque mineral discreto com frescura menos sentida num conjunto com maior complexidade e profundidade. A madeira continua harmoniosa (café, tosta) e bem integrada, dando suavidade ao conjunto num fundo floral.
Boca com entrada focada na expressividade da fruta madura e gulosa (doce). Corpo médio, harmonioso e com travo fresco (mais fresco do que no nariz), especiaria (pimenta preta) e madeira discreta mas funcional. Mostra ainda uma ligeira secura que deverá ir ao lugar com mais algum tempo de repouso em garrafa, terminando em persistência média/longa.
Castas: Garnacha 100% - Estágio: 14 meses em barricas de carvalho francês de 500 e 1.500 litros. - 14,5% Vol.
Tonalidade ruby escuro de concentração alta.
Nariz marcado logo de inicio por tosta e fruta negra (ameixa, framboesa, amora) bem madura com alguma passa (ameixa). Sente-se um vinho denso e mais sério que o Sotorrondero, toque mineral discreto com frescura menos sentida num conjunto com maior complexidade e profundidade. A madeira continua harmoniosa (café, tosta) e bem integrada, dando suavidade ao conjunto num fundo floral.
Boca com entrada focada na expressividade da fruta madura e gulosa (doce). Corpo médio, harmonioso e com travo fresco (mais fresco do que no nariz), especiaria (pimenta preta) e madeira discreta mas funcional. Mostra ainda uma ligeira secura que deverá ir ao lugar com mais algum tempo de repouso em garrafa, terminando em persistência média/longa.
Lado a lado com o Sotorrondero, este Piélago surge bem mais sólido e com menos frescura de aromas, notando-se claramente um vinho mais sério. Potência controlada na maneira como se mostra, com a madeira suficientemente bem colocada para não tropeçarmos nela, num conjunto harmonioso e ainda com muito para dar e falar. A produção foi de 10.000 garrafas com preço a rondar os 18-20€ 16,5 - 91 pts
5 comentários:
Olá João,
Olha, acho engraçado o modo de condução dessa vinha que aí mostras na fotografia. As vinhas são todas assim sem aramação e condução "normal" ou é apenas para parcelas com vinhas velhas...
Forte abraço
Essa pergunta deveria ser feita ao enólogo e proprietário das mesmas.
Pelo que deu para apurar, a fotografia é de uma das "estrela da companhia" , uma parcela 100% Garnacha situada a 730 metros de altitude, com 40 anos que dá pelo nome de El FIN DEL MUNDO, em que a agricultura é biodinâmica.
Desta parcela sai um vinho com o mesmo nome do qual foram feitas 2.000 garrafas.
Tens ainda a parcela mais velha de nome Cantos del Diablo cuja produção total apenas ronda as 200 garrafas.
Obrigado ;)
Andei aqui a correr as garafeiras todas em busca do Cantos del Diablo, mas está completamente esgotado! Arranjas?
Já agora, gostei muito da pequena inovação nas notas de prova com a "tradução" internacional.
Grande abraço
Poderia ser mais educado em suas respostas.
Enviar um comentário