Este não será propriamente um vinho para o dia a dia, até porque o preço já não lhe permite que assim seja... 6.50€ será um preço alto para um consumo diário, ainda por mais em tempos de crise, e deste produtor para esse propósito já temos o Lavradores de Feitoria tinto. Este é o vinho que vem a seguir, sobe um degrau na escala da qualidade e mostra-nos argumentos um pouco mais consistentes, um pouco mais sério e prazenteiro.
O lote é composto por Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca, depois do frio inox uma parte do lote teve direito a estagiar em barricas de carvalho francês, saindo com 13% Vol.
Em relação ao Lavradores de Feitoria tinto provado anteriormente nota-se uma notável melhoria, no nariz mais concentração de aromas, mais expressão, fruta vermelha e preta com ligeira compota num todo que se sente aconchegado ao de leve pela passagem que teve pela madeira, ligeiro cacau em pó, especiado, tudo bem mas algo contido. Na boca tem leve secura no palato com toque vegetal, fruta de caroço com ameixa e cereja pelo meio, fresco na passagem de boca com passagem prazenteira em final de boa persistência. Todo ele muito pronto a beber em conjunto de belo efeito.
Dito isto é um daqueles vinhos que não são peixe nem carne, com o preço que custa ficamos entre o vai não vai e na grande parte das vezes acaba mesmo por não ir. Não é mau vinho não senhor, mas há tanta marca no mercado que acaba por ficar esbatido no meio de tantos outros, alguns até mais baratos. Consegue ter uma notável consistência ano após ano, ou colheita após colheita, não vira a cara a um ou dois anos perdido na garrafeira... e em caso de não se saber o que escolher na carta do Restaurante, este é dos que cumprem e não costumam ser caros, por isso a minha aposta. 15 - 88 pts
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