De volta ao brancos da Vidigueira, fazia tempo que não me escorria pelo copo um 100% Antão Vaz... este vem marcado como Reserva da Quinta do Quetzal, custa cerca de 12€. Lembro destes vinhos quando saíram para o mercado nas primeiras edições, na altura com enologia de Paulo Laureano agora com enologia de Rui Reguinga, curiosamente o produtor esteve também presente no evento que tive o prazer de organizar e para o ano voltará a erguer-se de nome Vinum Callipole. Sempre encarei os Antão Vaz com passagem por barrica como vinhos anafados e a precisar de ar fresco (leia-se acidez) para conseguirem conquistar uma mesa... A culpa talvez seja de uma triste moda em que se barrava a casta com essência de madeira nova, o resultado era pesado, super baunilha e uma lata de ananás em calda. Parece que com a mão de Rui Reguinga a coisa refinou, afinou e refrescou... o que temos agora no copo é um bom exemplo de um Antão Vaz mesmo que anafadinho, banhado em nobre madeira e toda a gordura que dá ao conjunto, prontamente compensada por uma boa acidez. A fruta está limpa, palpável e com toque floral pelo meio. Na boca com peso da fruta, cheio, arredondado e a leve calda de ananás já vem de série não vale a pena perder mais tempo... depois o vinho é o trivial Antão Vaz barrado em barrica. Voltei aos bons velhos tempos e este é dos recomendáveis... para quem gosta. PS: Servido fresco com uns lombos de bacalhau no forno, regados com azeite e acompanhado com cebola caramelizada e batata a murro. 91 pts
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