É um belíssimo vinho do Dão este que agora começo a falar de forma entusiasmada e que tão boa companhia fez no passado Sábado a um cabrito assado no forno. Direi que o sucesso foi tal que se abriram todas as garrafas da caixa de 3 que tinha sido colocada à disposição. Vinho servido e apreciado em pleno Alentejo, largamente elogiado com saudosismo de outros tempos em que se terão bebido vinhos do Dão de outros nomes em outras alturas da vida, assim iam comentando os convivas bem mais velhos que eu naquela sala. Na verdade o vinho é de facto grandioso, dos que mais prazer me deu nos últimos tempos, vindo daquela nobre região tão escondida e de tão grande potencial, o Dão. Aqui reina o lote, a Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinto Cão, deu umas braçadas em madeira e acaba no mercado com preço a rondar os 38€.
A categoria de um vinho mede-se quando chega à mesa e todos os que o provam depois não procuram mais nenhum, querem mais e até pedem para repetir, assim foi. Vinho sério que sabe impor a sua elegância e frescura, num aroma de moderada e assertiva exuberância, a fruta em formato bagas silvestres bem redonda, fresca e com toque de gulodice. Floral, algum cacau e ligeiro toque mentolado (After-Eight), todo ele fresco, largo e complexo. Firme na maneira sóbria e elegante como se mostra, entrada sumarenta e fresca, ligeiramente aveludado com secura no final. É a fruta de grande qualidade que brilha neste conjunto, a madeira discreta apenas o ampara, muito bem balanceado e com muita vida pela frente. 93pts
3 comentários:
Seu blog é interessante, parabéns!
Agradeço suas palavras.
nunca provei, mas já tinha muita curiosidade... recentemente ofereci o espumante condessa, de bical e encruzado.
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