Copo de 3: Crasto branco 2007

30 setembro 2008

Crasto branco 2007

Já la vai o tempo em que tive a oportunidade de provar aquele que talvez tenha sido o primeiro Castro em versão branco, a ser colocado em prova num evento. Foi num Dão e Douro que em jeito de curiosidade apareceu uma colheita, ainda que em formato de ensaio, daquele que seria o primeiro branco a ser produzido pela Quinta do Crasto.
O tempo foi passando, e eis que da colheita de 2007 nos chega a versão final do dito branco.

Crasto branco 2007
Castas: Gouveio, Roupeiro, Cercial e Rabigato. - Estágio - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de ligeiro toque esverdeado.

Nariz de boa intensidade, a variar entre uma fruta bem madura (citrinos e melão branco) e um toque fresco e floral, com o tempo a dar lugar a um travo de espargo verde e relva fresca. Ligeira sensação de untuosidade em segundo plano, num vinho que se mostra jovem e aprumado com certa dose de delicadeza, em final mineral.

Boca de corpo médio, bem estruturado e com uma acidez a aportar uma frescura que percorre toda a passagem de boca. Fruta presente ao mesmo nível do nariz, segundo plano com toque vegetal (espargo), a sentir-se alguma untuosidade/acomodação ao palato, na espacialidade que ocupa de forma fresca e jovem, com mineralidade em fundo.

É uma bela estreia deste produtor, mostrando-se um vinho de perfil bastante fresco, com a fruta em destaque no plano citrino. A alma do Douro está presente num vinho com produção a rondar as 25.000 garrafas com um preço a rondar os 10€
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