Esta é a primeira das provas temáticas mensais que a partir de Setembro o Copo de 3 vai começar a apresentar.
A primeira prova que poderia muito bem ser com vinhos sonantes quer a nível de preço quer a nível de nome, seria bem vinda para encher a vista mas optou-se por algo mais dentro na normalidade, algo que muitos procuram e ficam a pensar será que vale a pena arriscar ?
Foram escolhidos 5 vinhos brancos da colheita de 2007, com um target muito bem definido, o consumo do dia a dia.
A primeira prova que poderia muito bem ser com vinhos sonantes quer a nível de preço quer a nível de nome, seria bem vinda para encher a vista mas optou-se por algo mais dentro na normalidade, algo que muitos procuram e ficam a pensar será que vale a pena arriscar ?
Foram escolhidos 5 vinhos brancos da colheita de 2007, com um target muito bem definido, o consumo do dia a dia.
Foi naquela procura intensa e quase interminável de qual o vinho que consiga proporcionar a melhor companhia ao mais baixo preço, que foi colocada a questão em jeito de desafio.
A missão seria escolher 5 vinhos brancos sem passagem por madeira com um preço nunca superior a 2,5€, e disponíveis nas prateleiras das grandes superfícies.
Verdade seja dita, nos dias que correm a oferta no que toca a marcas de vinhos é cada vez maior, a constante entrada e saída de marcas e as constantes mudanças de visual por parte de alguns rótulos, torna cada vez mais confusa a cabeça de quem vive alheado de tudo isso e tem apenas e só como objectivo o comprar um vinho para acompanhar a refeição no dia a dia.
Os vinhos
Duas regras que foram impostas, teriam de ser da colheita 2007 e que não tivessem qualquer passagem por madeira. Os vinhos foram escolhidos (excepto novidades) pelas boas prestações que têm vindo a dar durante as colheitas anteriores, vinhos sobejamente conhecidos e cujo preço de prateleira está situado abaixo dos 2,5€ (comprovado em todos os casos no acto da compra).
Os cinco escolhidos foram:
A missão seria escolher 5 vinhos brancos sem passagem por madeira com um preço nunca superior a 2,5€, e disponíveis nas prateleiras das grandes superfícies.
Verdade seja dita, nos dias que correm a oferta no que toca a marcas de vinhos é cada vez maior, a constante entrada e saída de marcas e as constantes mudanças de visual por parte de alguns rótulos, torna cada vez mais confusa a cabeça de quem vive alheado de tudo isso e tem apenas e só como objectivo o comprar um vinho para acompanhar a refeição no dia a dia.
Os vinhos
Duas regras que foram impostas, teriam de ser da colheita 2007 e que não tivessem qualquer passagem por madeira. Os vinhos foram escolhidos (excepto novidades) pelas boas prestações que têm vindo a dar durante as colheitas anteriores, vinhos sobejamente conhecidos e cujo preço de prateleira está situado abaixo dos 2,5€ (comprovado em todos os casos no acto da compra).
Os cinco escolhidos foram:
Couteiro Mor branco 2007 -1,80€
Vila dos Gamas - Antão Vaz 2007 - 1,99€
Serras de Azeitão branco 2007 - 1,99€
Figueirinha Reserva branco 2007 - 2,49€
Gadiva - Lavradores de Feitoria branco 2007 - 2,49€
Vila dos Gamas - Antão Vaz 2007 - 1,99€
Serras de Azeitão branco 2007 - 1,99€
Figueirinha Reserva branco 2007 - 2,49€
Gadiva - Lavradores de Feitoria branco 2007 - 2,49€
A prova
Servidos em prova cega, os 5 vinhos foram servidos por ordem aleatória, a nível visual todos eles mostram em grande parte a tonalidade citrina de rebordo esverdeado, sendo o exemplar Duriense o que apresentou uma tonalidade com um ligeiro toque dourado.
A colheita de 2007 foi como que mágica para os vinhos brancos em Portugal, a qualidade é alta e até mesmo os vinhos de segmento mais barato saem beneficiados com isso mesmo, o mesmo digo em relação ao consumidor claro está. São na sua grande maioria vinhos onde a acidez presente confere uma bela dose de frescura ao vinho, com fruta de grande qualidade, dando um produto final de aromas vivos e harmoniosos numa prova de boca fresca, frutada e com bom equilíbrio.
De todos os vinhos presentes, apenas o exemplar do Douro se mostrou com 13,5% Vol. , com os restantes a apresentarem uns sempre louváveis 12,5% Vol.
Os mais expressivos em nariz, Gadiva e Serras de Azeitão, destacaram-se claramente dos restantes, o Gadiva com um nariz a denotar uma boa dose daquela tipicidade Duriense que encontramos noutros brancos da região, e um Serras de Azeitão a cair mais no exotismo dos trópicos, permitindo umas ligações ao nível da gastronomia bastante interessantes.
O Couteiro Mor branco é aquilo a que se pode chamar de um clássico quando toca a falar em relação preço/qualidade, mostrou-se no mesmo nível que vem mostrando desde sempre, sempre muito certinho, bem feito e um valor mais que seguro para o consumo diário.
Por outro lado e ficando bastante áquem do esperado, o Vila dos Gamas Antão Vaz, o único varietal em prova que se mostrou envergonhado e muito pouco conversador durante toda a prova, com aromas de parto difícil e quase tirados a ferros, sendo que na prova de boca volta a quebrar quase sem deixar rasto da sua presença.
O que menos agradou, foi uma novidade no mercado, o Figueirinha Reserva branco, onde pelos atributos apresentados pouco ou nada se nota, nem se entende a razão pela qual ostenta o nome Reserva. Correcto, jovem introvertido e com um ligeiro toque de fruta fresca que o torna simples e directo naquilo que tem a dizer, na boca é uma cesta vazia e alongar-me mais seria dizer aquilo que o vinho em causa não tem.
O destaque
O merecido destaque desta prova vai para a entrada no mercado com o pé direito do vinho GADIVA 2007, do produtor Lavradores de Feitoria num exclusivo para o grupo Jerónimo Martins.
Foi de todos os vinhos em prova aquele que conseguiu desmarcar-se um pouco mais, quer a nível da rede de aromas que colocou à disposição, como principalmente na prova de boca, onde se revelou com uma maior presença a nível da espacialidade e mesmo de persistência.
É um vinho que pelo que custa, é bastante interessante, dentro do perfil duriense sabe e consegue cativar a quem ele se aproxima, convém não entrar em entusiasmos pois estamos num patamar onde o que se procura é a melhor qualidade ao mais baixo preço, e nisso este Gadiva é uma aposta mais que segura.
As classificações:
Gadiva - Lavradores de Feitoria branco 2007 - 15,5
Serras de Azeitão branco 2007 - 15
Couteiro Mor branco 2007 - 15
Vila dos Gamas - Antão Vaz 2007 - 14,5
Figueirinha Reserva branco 2007 - 14
8 comentários:
Ora aqui está uma comparação muito bem feita, e bastante útil/esclarecedora. Gostei.
abraço
Caro João,
Aqui está uma bela prova temática, pois torna-se bastante útil e interessante para a compra e consumo de vinhos no dia a dia.
Abraço
Muito bem! Pelo menos desmestifica a ideia (errada) que (eu) tinha de que os blog de vinhos "falam" só de vinhos bons mas €€€€€!
obrigada.
julia f.
Cara julia f. se existe "diferença" nos blogs é que eles falam de todo o tipo de vinhos, quase sem excepção.
Navegando pela net irá reparar que até se já fizeram provas de vinhos de marca branca (Pingo Doce, LIDL, Continente).
Saudações enófilas.
Acompanho o V. Blog há algum tempo e considero este tipo de escolhas importante. O comum dos mortais não pode comprar vinhos caros, assim ficamos a saber que afinal também há vinhos baratos e bastante razoáveis.
Cumprimentos
Parabéns pela prova, foi muito bem elaborada. Támbem gostei bastante do Gadiva 2007, e fiquei até surpreendido só ter dado 2,49€ por um branco com muita classe. Andam por aí uns que custam o triplo ou mais, e ficam à quem deste.
Abraço
Segui a tua sugestão e comprei o Gadiva 07. Em boa hora, exelente RPQ, um vinho fresco, ligeiramente vegetal, com boa presença na prova de boca. A tudo isto somado um rótulo sóbrio mas bonito apenas por 2,45€.
P.S: Acabei por servir o vinho ás cegas a um amigo de copos. No final pedi que indicassem um valor referência para o vinho, 10€ ;-)
Caríssimos
É sempre bom constatar que esta foi uma iniciativa bem acolhida, e sendo assim reforço a ideia de que devo continuar.
O Outono já aí está e já está planeada a prova temática de Outubro.
Com os melhores cumprimentos
João de Carvalho
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