Após toda a tinta que correu sobre o Montes Claros Reserva 2004, principalmente depois dos 18 valores atribuídos pela revista Blue Wine, a correria às prateleiras foi imediata, a procura aumentou e toda a gente queria ter e provar o Montes Claros que tinha tido 18 valores.
É certo que nessa mesma casa, a fasquia ficou muito alta, abriu-se talvez um precedente perigoso, pois se o Montes Claros 2004 teve 18 valores, então e se a nova versão do Montes Claros estiver melhor ou igual ? Neste caso será de esperar que no mesmo local apareçam de novo os 18 valores para a nova colheita.
A bem da verdade, é que depois de tanto falar, ficou tudo na expectavita de como seria a próxima colheita, seria melhor ou pior, será que iria manter o mesmo nível ? Será que o 2004 foi obra do acaso ?
Recentemente foi lançado no mercado a nova colheita, o Montes Claros Reserva tinto 2006, e pela prova que deu, posso dizer que fico à espera e em conformidade com a minha anterior avaliação do 2004, com os respectivos 18 valores da dita revista.
É certo que nessa mesma casa, a fasquia ficou muito alta, abriu-se talvez um precedente perigoso, pois se o Montes Claros 2004 teve 18 valores, então e se a nova versão do Montes Claros estiver melhor ou igual ? Neste caso será de esperar que no mesmo local apareçam de novo os 18 valores para a nova colheita.
A bem da verdade, é que depois de tanto falar, ficou tudo na expectavita de como seria a próxima colheita, seria melhor ou pior, será que iria manter o mesmo nível ? Será que o 2004 foi obra do acaso ?
Recentemente foi lançado no mercado a nova colheita, o Montes Claros Reserva tinto 2006, e pela prova que deu, posso dizer que fico à espera e em conformidade com a minha anterior avaliação do 2004, com os respectivos 18 valores da dita revista.
Montes Claros Reserva tinto 2006
Castas: Aragonez, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Tinta Caiada - 12 meses barrica de 2º e 3º ano, de carvalho francês e americano, mais 6 meses em garrafa. - 14% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.
Nariz de boa intensidade, a revelar fruta bem madura com toque especiado, alguma austeridade no toque químico que surge inicialmente e que se dissipa com o tempo. Complementam o conjunto a baunilha fina com toque de geleia, canela, cacau morno, vegetal seco (ramo de cheiros) e alguma folha de tabaco. Em fundo uma certeza de que o balsâmico por lá andava, tudo isto com uma boa complexidade, sem ser exageradamente carregado nas quantidades, mostra e sabe mostrar, de maneira elegante, serena e concisa.
Boca a mostrar um vinho bem estruturado, médio de corpo, com a fruta bem presente na componente de frutos negros bem maduros, evoluindo para alguma compota, vegetal seco, cacau e baunilha. Especiarias e balsâmico completam um conjunto, que mostra uma passagem de boca com boa dose de frescura, sensato na espacialidade, afinado e redondo, pronto a dar prazer a quem dele se aproximar neste momento, com final de boca de persistência média/alta.
Um vinho que está pronto a consumir quando sai para o mercado, mas que não vira cara a uns anos de cave. Tem a sua dose de elegância muito convidativa, pleno de harmonia e encantos, com uma boa dose de complexidade.
São 100.000 garrafas com preço a rondar os 5,30€ na loja da Cooperativa de Borba, que novamente o colocam como uma belíssima relação preço qualidade. Comparativamente com a versão 2004, apresenta-se menos guloso e com um pouco mais de seriedade nos argumentos que disponibiliza.
16
2 comentários:
A revista Blue Wine deu à versão de 2004 do Montes Claros 18 valores. Algo exagerado, não?
(Filipe Sousa)
18 valores são atribuídos a vinhos onde a complexidade e toda a sua envolvência são muito acima da média. São vinhos raros, são vinhos quase sempre caros.
Por muito bom que seja o Montes Claros Reserva 2004, nunca pela prova que dá e deu, poderá justificar um 18 valores, tendo em conta na mesma linha vinhos como Batuta, Charme ou até mesmo Barca Velha.
Enviar um comentário