Consta no site do produtor que a Quinta da Alorna deve o seu nome ao primeiro proprietário, D. Pedro de Almeida, Vice-Rei da Índia, a quem D. João V concedeu o título de I Marquês de Alorna por actos de bravura na tomada da praça forte de Alorna, na Índia. Tendo comprado o Casal de Vale de Nabais em 1723, quando regressou a Portugal D. Pedro de Almeida fez dele o núcleo central de um vasto grupo de propriedades onde plantou as primeiras vinhas, mudando-lhe o nome para Quinta da Alorna. O Ribatejo é, desde sempre, uma região rica e apetecida, graças às férteis lezírias, ideais para a agricultura e criação de gado. E Almeirim era então conhecida pela qualidade da sua caça, muito frequentada por nobres e fidalgos, que aqui passavam tempos de lazer.
No palácio da Quinta, de estilo sóbrio, mas distinto erguendo-se de frente para o Tejo, iluminado pelo sol de fim de tarde onde ainda hoje reluz o brasão dos Almeida Portugal, nasceram e viveram várias gerações de Alornas, incluíndo D. Leonor (1750-1839), Marquesa de Alorna, notável poetisa e pintora, que aqui escreveu algumas das obras que a tornariam famosa.
Assim nasceu a “Quinta da Alorna”.
Castas: 100% Touriga Nacional - Estágio: 12 meses em carvalho francês
Nariz a dizer que temos uma Touriga Nacional fresca e de boa concentração, com a fruta (frutos silvestres) de qualidade mas bem madura onde se nota alguma doçura presente (compota). Inicialmente sente-se uma ligeira austeridade nos aromas, um ligeiro apontamento químico, nada que com copo adequado e algum tempo não resolva. Dá-se então entrada aos aromas florais característicos da casta, com as notas de violetas a surgirem harmoniosamente ligadas a uma madeira bem entrosada, com notas de cacau morno, tosta e baunilha, complementando-se no segundo plano com toques de balsamo vegetal e algum chá preto.
Boca a mostrar-se com entrada estruturada e apelativa, onde o peso da fruta e a sua concentração se fazem sentir. Frescura a contrabalançar com alguns toques mais adocicados da fruta, e uma madeira muito bem integrada no conjunto em igual modo que a prova de nariz. Espacialidade média, com final de boca de apontamento balsâmico, em final médio/longo.
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