Para falar do próximo vinho em prova, não vou certamente alongar com a história mais que repetida, uma e outra vez, de uma senhora que morava perto de Montoito, a Avó Sabica, mulher decidida que cultivou o gosto em produzir e beber bons vinhos na sua família, promovia uma saudável competição que basicamente se resumia a quem dos seus familiares fazia o melhor vinho em cada colheita. Tudo isto é passado e nos tempos que correm é a descendência que toma rédeas à Casa Agrícola Santana Ramalho, ou como é conhecida, a Casa de Sabicos.
Na recentemente alargada gama de vinhos, destaco o Joaquim Madeira branco da colheita 2006, um branco de uma linha experimental levada a cabo pelo Engº Joaquim Madeira e o enólogo Paulo Laureano, que viu o primeiro exemplar nascer na colheita de 2005, esgotando rapidamente na altura do seu lançamento. O vinho que funde duas fermentações distinas, junta a Antão Vaz e a Chardonnay fermentadas em barrica com a Arinto fermentada em inox, é sem sombra de dúvida um dos melhores vinhos brancos que se produzem actualmente no Alentejo. Para muitos este é um perfeito desconhecido, um branco que passa ao lado pela pouca notoriedade que lhe é atribuida quando no entanto a merece e bem, pois nele não moram modas mas sim algo mais importante e que hoje em dia, face aos copistas e modernistas, cada vez é mais dificil de encontrar... identidade/carisma.
Na recentemente alargada gama de vinhos, destaco o Joaquim Madeira branco da colheita 2006, um branco de uma linha experimental levada a cabo pelo Engº Joaquim Madeira e o enólogo Paulo Laureano, que viu o primeiro exemplar nascer na colheita de 2005, esgotando rapidamente na altura do seu lançamento. O vinho que funde duas fermentações distinas, junta a Antão Vaz e a Chardonnay fermentadas em barrica com a Arinto fermentada em inox, é sem sombra de dúvida um dos melhores vinhos brancos que se produzem actualmente no Alentejo. Para muitos este é um perfeito desconhecido, um branco que passa ao lado pela pouca notoriedade que lhe é atribuida quando no entanto a merece e bem, pois nele não moram modas mas sim algo mais importante e que hoje em dia, face aos copistas e modernistas, cada vez é mais dificil de encontrar... identidade/carisma.
Joaquim Madeira branco 2006
Castas: 50% Antão Vaz, 45% Arinto e 5% Chardonnay - Estágio: Antão Vaz e o Chardonnay fermentaram em barricas de carvalho francês. O Arinto fermentou em depósitos de inox. - 14% Vol.
Tonalidade amarelo citrino de concentração mediana com ligeiro apontamento dourado.
Nariz a mostrar-se com conjunto de aromas bem aprumado e não muito expressivo, digamos que mais sério e cordial, apresentando uma boa dose de fruta madura (ananás, melão, lima, nêspera) nada pesada e com bom entendimento com a madeira (não dominadora). Sente-se frescura a contrabalançar com a suave cremosidade (amanteigado e tosta), desenvolvendo tudo isto com umas voltinhas no copo, a que se juntam aromas florais e mineralidade em fundo.
Boca bem estruturada, num vinho com acidez a conferir frescura em boa dose, que acompanha os sabores conferidos pela fruta e pela madeira. Tudo muito bem posicionado, passagem de boca harmoniosa e com alguma untuosidade, toque de vegetal fresco, num todo agradável e de bom nível, com final de persistência mediana.
São 5.000 garrafas de um vinho que se apresenta com seriedade no trato, bem feito e que não vai nas cantigas dos facilitismos. Sente-se o papel desempenhado por cada uma das castas que dele fazem parte, cheio de personalidade e que se pode comprar por menos de 10€ (esta custou 9,40€). Com a colheita de 2007 já no mercado, será alvo de prova muito em breve.
16,5
Castas: 50% Antão Vaz, 45% Arinto e 5% Chardonnay - Estágio: Antão Vaz e o Chardonnay fermentaram em barricas de carvalho francês. O Arinto fermentou em depósitos de inox. - 14% Vol.
Tonalidade amarelo citrino de concentração mediana com ligeiro apontamento dourado.
Nariz a mostrar-se com conjunto de aromas bem aprumado e não muito expressivo, digamos que mais sério e cordial, apresentando uma boa dose de fruta madura (ananás, melão, lima, nêspera) nada pesada e com bom entendimento com a madeira (não dominadora). Sente-se frescura a contrabalançar com a suave cremosidade (amanteigado e tosta), desenvolvendo tudo isto com umas voltinhas no copo, a que se juntam aromas florais e mineralidade em fundo.
Boca bem estruturada, num vinho com acidez a conferir frescura em boa dose, que acompanha os sabores conferidos pela fruta e pela madeira. Tudo muito bem posicionado, passagem de boca harmoniosa e com alguma untuosidade, toque de vegetal fresco, num todo agradável e de bom nível, com final de persistência mediana.
São 5.000 garrafas de um vinho que se apresenta com seriedade no trato, bem feito e que não vai nas cantigas dos facilitismos. Sente-se o papel desempenhado por cada uma das castas que dele fazem parte, cheio de personalidade e que se pode comprar por menos de 10€ (esta custou 9,40€). Com a colheita de 2007 já no mercado, será alvo de prova muito em breve.
16,5
1 comentário:
Amigo João,
Desta prova e vinho de boa qualidade, sublinho a cor bem carregada esta frase:
!(...) pois nele não moram modas (...)"
Só esta frase diz tudo, vinho inigualável, com características tipicas da região e com o mais não é uma moda (como tu mesmo o dizes, as modas são passageiras), e este é um ponto de referência que não sofre mudanças...
Bom vinho. Abraços
Joel Carvalho
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