Copo de 3: Redoma Reserva branco 2006

10 junho 2009

Redoma Reserva branco 2006

Desde que apareceu no mercado na colheita de 1995, o Redoma Reserva tem vindo a marcar colheita após colheita a sua posição como referência de qualidade na região (Douro) e mesmo a nível nacional. O segredo reparte-se entre a mestria da equipa de enologia e as vinhas, situadas entre os 400 e os 800 metros, esta altitude fornece à vinha um crescimento mais fresco, (em particular durante a noite), e uma maturação mais longa. Todas estas vinhas têm mais de 60 anos, e três delas têm mesmo mais de 100 anos de idade.
Um vinho de culto, com produção a rondar as 6.000 unidades, com preço na casa dos 30€, tornam este vinho uma compra mais que obrigatória.

Redoma Reserva branco 2006
Castas: Codega, Rabigato, Viosinho, Donzelinho, Arinto e outras - Estágio: 8 meses em barricas - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo dourado de média intensidade com leve reflexo esverdeado

Nariz a mostrar um conjunto delicado, de boa intensidade aromática, onde a fruta madura (presença tropical com fundo citrino e alguma fruta de caroço) e fresca se combina em plena harmonia com uma madeira acolhedora e muito prazenteira, a dar uma sensação de cremosidade a todo o conjunto (baunilha suave, amanteigado, torrada), desenvolvendo para vegetal fresco, floral , chá branco em final ligeiramente a recordar pederneira.

Boca de entrada fresca, com a acidez bem encastrada no conjunto de boa espacialidade, dando uma frescura que acompanha toda a passagem de boca repleta de finesse, numa forma harmoniosa e prazenteira. Equilibrado em todos os aspectos, sedutor é o que se costuma chamar, apelativo e a juntar fruta de qualidade com vegetal fresco, alguma especiaria (pimenta branca) e um final com boa persistência em toques de mineralidade.

Quem provou a anterior colheita, não consegue ficar indiferente ao provar este 2006, que a meu ver se mostrou um pouco mais afagado no seu conjunto. Continua apesar disso, um belíssimo vinho, cheio de requinte e de detalhes que fazem dele um vinho delicado e muito apetecível. Mas se a dupla Dirk Niepoort/Luís Seabra em anos de excepcional qualidade já se sabe como trabalha, em anos menos bons o resultado é este.
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4 comentários:

Transparente disse...

É um dos grandes brancos portugueses. Boa prova.

Abraço

alinhavARTE disse...

É óptimo sim senhor!
A não perder.

Anónimo disse...

O vinho de BORBA hoje passou a cidade.

João de Carvalho disse...

Será que vamos deixar de ter Convento da Vila para Convento da Cidade ?

 
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