Foi lançamento recente, foi coisa que deu que falar e muito, a sua apresentação com respectiva prova comentada pelo enólogo foi realizada online, com apoio de meios como Twitter e Facebook. Foram enviadas amostras para vários provadores, eu fui um dos que o recebeu e deixo aqui o meu testemunho sobre mais um fantástico Palo Cortado, desta vez elaborado pelas Bodegas González Byass. A minha inclinação por este tipo de vinhos não é recente, vai para muito que os bebo (mais que provar) e sempre à mesa com amigos à volta, tornando-me a repetir digo que são vinhos para a mesa, altamente gastronómicos e reis e senhores da harmonização com o impossível e toda a parafernália de tapas, pintxos e petiscos que se possam colocar antes e durante a refeição.
Depois a malta gosta de complicar aquilo que é simples, num vinho como este o que liga bem será sempre um queijo Manchego em modo Reserva, tipo Boffard ou para esticar a corda um bom torrão de gema tostada, delicadamente surpreendente.
Dotado de um rico e complexo aroma, mistura o nariz de um amontillado com a boca de um oloroso, passou 12 anos em estágio e o preço ronda os 20€. Delicioso, incisivo com notas de verniz e profundo, especiarias com caixa de charutos, amêndoa torrada, avelã que lhe confere quase um toque cremoso tanto em nariz como na boca, aquela madeira velha em tom morno com algum caramelo, prazenteiro com fruta cristalizada, bom de cheirar, toque salino e iodo Todo ele transpira harmonia, boca com boa presença e uma belíssima entrada, preenche todo o palato, vincado, seco, longo, com frutos secos, belíssima acidez, ao mesmo tempo suavidade na sua passagem, baunilha, salinidade em fundo com final longo e de boa persistência. Um exemplar a ter muito em conta. 93 pts
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