Os vinhos da Quinta da Ponte Pedrinha fazem parte do meu historial enquanto enófilo, foram junto aos Quinta da Bica dos primeiros vinhos do Dão que bebi e me despertaram para o querer conhecer mais daquela região. Naquela altura era João Portugal Ramos o responsável pela enologia, o vinho tinha o Dão na alma, o rótulo onde agora se mostra o brasão ostentava naquela altura o bonito casario. Depois as coisas mudaram com a avalanche de marcas, rótulos, produtores e novidades tomaram conta dos meus copos, alguns rótulos e nomes mais queridos da hora da refeição daqueles tempos foram sendo esquecidos ou deixados de lado. Passado alguns anos voltei a encontrar-me com os vinhos da Quinta da Ponte Pedrinha, a enologia mudou de mãos, é na sorridente Catarina Simões que os destinos das uvas estão entregues, muito bem direi eu a ver pela qualidade que os "novos" vinhos mostram, o Dão continua lá e de muito boa saúde.
No copo tenho o Reserva 2005, o aroma mostra sinais de evolução já com notas de cansaço, todo ele com notas de tabaco e caruma de pinheiro, sinais de fruta muito madura e suculenta com mistura de compotas que lhe dá um toque doce/morno e envolvente com fundo de especiarias. Na boca é um vinho adulto, fruto de caroço (ameixa vermelha e gorda), sem arestas, com passagem suave e bom de sabor, com alguma gordura que o torna roliço e de alguma maneira a sobrepor-se à frescura que o sustenta, presença da fruta até final com pimenta preta em fundo. 88 pts
2 comentários:
tenho logo à partida muita simpatia por estes produtores do dão... esta semana não resisti a levar para casa uma garrafita do vinhas velhas da quinta da bica de 2007.
Esse vinho é uma jóia que tenho a lapidar na minha cave.
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