Continuando na senda da casta Castelão, vamos até à Península de Setúbal onde José Maria da Fonseca compra no ano de 1846 a propriedade de nome Cova da Periquita. Nesse mesmo local plantou as primeiras cepas da casta Castelão, que ele próprio havia trazido do Ribatejo. O vinho ali produzido, conhecido como o vinho da Periquita, desde cedo se destacou pela qualidade, surgindo assim a marca Periquita. A fama da casta rapidamente a fez espalhar pela região, sendo hoje em dia responsável pelos grandes vinhos ali produzidos, tal como este Periquita Superyor cujo preço ronda os 35€.
Elaborado a partir de vinhas velhas em solos arenosos, foi pisado a pés tendo estagiado 22 meses em barricas novas de carvalho francês. Desde o primeiro contacto que se mostra dotado de uma bonita complexidade. Conquista pela frescura da fruta que surge gorda e suculenta (ameixas, bagas vermelhas) lambuzada por suave compota a embalar todo um conjunto. Harmonioso e bem aconchegado pela madeira, especiarias e toques florais, algum balsâmico em fundo, tudo muito limpo e por camadas. Na prova de boca entra amplo e conquistador, muito prazer, firme com frescura e a fruta a explodir de sabor, um vinho amplo, com final longo e persistente, os taninos ainda brincam dando sinal de uma larga vila pela frente. 94 pts
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