Copo de 3: Júlio B. Bastos Garrafeira Alicante Bouschet 2007

13 janeiro 2015

Júlio B. Bastos Garrafeira Alicante Bouschet 2007


Ainda por terras de Estremoz, saindo da Quinta do Mouro viro à esquerda e rumo em direção a Monforte, um pouco antes da zona dos Supermercados na saída de Estremoz viro à esquerda na placa que indica Agroturismo. Um pouco mais à minha frente fica a Quinta Dona Maria, que segundo conta a história foi adquirida em tempos por D.João V para oferecer a uma cortesã, Dona Maria, por quem estava perdidamente apaixonado. Esta Quinta é também conhecida como Quinta do Carmo, pois numa época posterior à edificação da casa, construiu-se uma capela datada de 1752, que foi dedicada e consagrada a Nossa Senhora do Carmo. O vinho foi sempre parte integrante da Quinta, juntamente com os seus imponentes lagares de mármore, mas seria apenas nos anos 80 com enologia de João Portugal Ramos que Júlio Bastos, o atual proprietário, iria começar a comercializar os seus vinhos, com destaque para os fantásticos Garrafeira Quinta do Carmo 1985, 1986 e 1987, onde despontava a casta Alicante Bouschet. A ligação desta casta à Quinta Dona Maria surge com um dos seus antigos proprietários, John Reynolds (Herdade do Mouchão) casado com Isabel d´Andrade Bastos.

Os anos passaram e após a venda da marca Quinta do Carmo ao grupo Bacalhoa, Júlio Bastos decidiu relançar em 2003 os vinhos com o nome Quinta Dona Maria. Recuperou o vinhedo mais antigo de Alicante Bouschet e na colheita de 2004, com enologia de Sandra Gonçalves, decidiu homenagear o seu pai, Júlio Bandeira Bastos com o lançamento do primeiro Garrafeira Dona Maria.


Júlio B. Bastos Garrafeira Alicante Bouschet 2007 é o resultado da escolha das melhores uvas das vinhas velhas (50 anos) de Alicante Bouschet, pisadas em lagares de mármore e posteriormente estagiado em barricas novas de carvalho francês durante 14 meses.Um portento de vida e classe, liquorice, tinta da china, denso e profundo com enorme frescura e definição, envolvente com uma complexidade invejável num vinho que apesar dos seus 7 anos ainda está muito novo. A fruta silvestre muito madura, limpa, envolta numa capa de notas balsâmicas, onde a barrica integrada aconchega um conjunto de luxo de traço Alentejano. Boca a condizer, sente-se um conjunto firme, intenso e ao mesmo tempo harmonioso, profundo e conquistador num final muito longo. Um hino à região e ao passado glorioso desta casa. 96 pts

1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro!!!!!!

 
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