É na província de Córdoba que se situa uma das primeiras áreas vinícolas da Andaluzia, remonta ao séc VIII A.C., a D.O. Montilla-Moriles, que foi criada em 1932.Apesar de os seus vinhos se confundirem com os de Jerez, as diferenças entre ambos são bastante claras: enquanto o de Jerez é um vinho de aroma a lembrar azeitona, por vezes salino e seco, o de Montilla-Moriles desenvolve outros aromas como tomilho, rosmaninho... No paladar são vinhos que recordam a avelã, enquanto os de Jerez tem um gosto mais amendoado, com os finos de Montilla a apresentarem mais corpo e mais oleosidade, menos secos, com uma baixa acidez e um final típico amargo e algo rústico.
A estes 3 tipos, juntam-se os Pedro Ximénez, e também o Brandy de Montilla.
Em baixo coloco um vídeo que de certa forma ajudará a compreender um pouco melhor esta D.O. e os seus vinhos, está em Espanhol.
Já passaram quase 3 séculos, desde que o primeiro Alvear, Juan, originário do município navarro de Nájera, fosse morar para a cidade de Córdoba para desempenhar funções a nível de economia local. Mas seria o seu filho, Diego de Alvear y Escalera que em 1729 se muda para Montilla onde nasce a sua paixão pela vinha e pelo vinho, onde iria fundar a Bodega Alvear (a mais antiga da Andaluzia).Diego iria buscar à Argentina o seu capataz de confiança de nome Carlos Billanueva, que marcava com as suas iniciais (C.B.) os melhores vinhos provenientes da serra. Foi desta forma que se foi criando o "estilo" Alvear, pleno de moderação e homogeneidade nos seus traços, todavia presentes no Fino C.B. a marca centenária e mais conhecida deste prestigiado produtor.
Alvear Pedro Ximénez de Añada 2004Castas: Pedro Ximénez (100%) - Estágio: 6 meses em madeira - 17% Vol.
Tonalidade ouro velho com toques de âmbar, apresentando uma elevada viscosidade.
Nariz de aroma potente e conquistador, é difícil não se ficar entretido com o refinado bouquet que este vinho emana no copo. Num todo harmonioso apesar da qualidade e complexidade de aromas que despoleta, variando desde fruta em passa (ameixa, figo), mel, tâmara, rosmaninho, laranja amarga e marmelada.
Ganha com algum tempo de copo, e mesmo com a subida de temperatura, a panóplia de aromas vai rodopiando, sem que em algum momento mostre sinais de quebra ou cansaço.
Deve ser consumido a uma temperatura de 6º - 8ºC. , e como uma vez me disse um amigo, até se pode deixar esquecido no congelador. Acompanha muito bem variadas sobremesas, frutos secos e queijo azul, sendo que por cima de gelado de baunilha fará a delícia de muitos. O preço é qualquer coisa de espantoso, visto que se pode comprar na casa dos 6-7€.
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