Com a calorina instalada vem a época dos vinhos mais frescos e ligeiros, pede-se baixa graduação com os aromas primários aos saltos a fazerem as nossas delícias. O palato pede frescura, limpeza de aromas, vinhos que sem nos bater muito nos deixem refrescados nem que seja por um mero instante. Neste caso abre-se a garrafa e vai à mesa, os olhos esbugalhados fitam o rótulo uma, duas, três, muitas vezes, aqueles nomes são desconhecidos, mora por ali algo de estranho.
A culpa é do rocambolesco lote que compõe este vinho da Colecção Privada Domingos Soares Franco (José Maria da Fonseca). O vinho foi bebido com agrado embora não tenha deixado vontade de repetir, mostra-se tão delicado de aromas que quase parece uma fina rede de cristal, apertado e condensado com tudo bem juntinho, na verdade o vinho parece não ter ombros, manda a fruta (citrinos) com toque vegetal em fundo alargado ao mineral. Boca com boa acidez, algo vago e parece ter ligeira quebra a meio palato, de resto a mostrar-se como no nariz, no final é seco e de boa persistência. Pelo lote não lhe vi grande factor diferenciação e neste caso pelos quase 10€ que pedem por ele há alternativas muito superios no que a qualidade diz respeito. 88 pts
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