Não me canso de falar sobre aquilo que gosto, não é a primeira vez nem sequer a última que elogio os vinhos Maximin Grünhauser, propriedade da família Von Schubert (Mosel). Em regime de monopólio, os 19 ha da parcela Herrenberg dominada pela ardósia vermelha dão origem a vinhos mais suaves, fruta mais presente e redonda com acidez menos presente do que os vinhos mais austeros e minerais nascidos na parcela vizinha de nome Abtsberg. Vinhos onde o rendilhado de aromas parece fruto da mais alta costura, nada parece falhar e dão sempre um gozo tremendo a quem os bebe, feitos para apreciar e sorrir, ganhando complexidade e refinando aromas e sabores na passada do tempo são vinhos assim que uma vez provados e conhecidos se torna complicado não querer voltar a ter nova experiência.
Belíssima envolvente de conjunto, na sua tonalidade de limão maduro, mostra ao início aquele toque de borracha nova de pneus, rodopiando dá lugar a fruta roliça e cheirosa. Sempre muito elegante, delicado na mineralidade, tudo aqui mais airoso e menos austero que o Atsberg, fruta de caroço (pêssego, damasco) madura e sumarenta que se mistura com citrinos (limão), pelo meio uma sensação de calda de fruta. A mesma calda suave está presente na boca, misturando-se com boa dose de frescura, corpo muito elegante e ao mesmo tempo com elevada persistência. Um vinho que desaparece rapidamente da garrafa, perfeito para final de refeição com uma sobremesa delicada à base de fruta. 92 pts
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