O vinho que se segue entra a tarde e a más horas, deveria ter sido colocado no início do tempo mais quente porque na sua essência mora aquilo a que se pode apelidar de vinho de Verão ou até de esplanada. Provei este vinho num jantar de família, foi-me dado a provar pelo meu irmão, que pouco ou nenhum tempo perde com vinhos mas não deixa de ser esquisito e exigente na qualidade, no vinho e em tudo. Relembro que este branco da Adega de Palmela não chega a custar uma moeda de dois euros, penso que fica na casa dos 1,89€ que o coloca com uma relação preço/satisfação muito alta.
Naquele final de tarde foi servido bem fresco a acompanhar umas entradas, conquistou pela abordagem que poderei classificar de bem disposta, cheiroso e boémio, carregado de aromas festivos, soltos e alegres, farripas de laranja e limão, pétalas de rosa, tudo convidativo sem enjoar. Boca em harmonia com a prova de nariz, frescura com presença de fruta sumarenta, num vinho simples e bastante directo com boa presença no palato. Terá sido toda esta facilidade na abordagem, o querer beber e não ter vontade de andar de roda do copo, algo que me soubesse bem após chegar da praia e que fosse bom companheiro de comida tão simples como uma salada de frango e laranja, que o transformou num dos vinhos que mais bebi este Verão.
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