Se há vinhos que nos marcam pelo momento e pela qualidade que apresentam, este é sem dúvida alguma um desses vinhos. A sigla que ostenta em relevo indica AJS, invocando o nome do ilustre comerciante António José da Silva que em 1894 comprou a Quinta do Noval e foi o responsável pela replantação dos cento e quarenta hectares de vinha. Um vinho pré-filoxérico que nos bastidores é dito como produzido e engarrafado na própria Quinta do Noval. Impacto logo ao primeiro contacto, uma frescura de aromas de um perfil onde tudo aparece limpo, delicado e muito preciso com um ligeiro toque inicial a fazer lembrar um Madeira muito velho. Serena com o tempo, inunda a sala com o fantástico bouquet que emana e parece perfeito e sem falhas. Sensual, extrema elegância, com ligeira nota de untuosidade a invocar frutos secos, folha de tabaco, passa de fruta (alperce, ameixa), especiaria, tudo num turbilhão de emoções. Neste momento toda a mesa está em reboliço com o vinho que lhes caiu no copo, na boca um fantástico equilíbrio e presença com toques de madeira velha, vinagrinho, passa de fruta, final longo num vinho inesquecível. 100 pts
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário