A Herdade do Perdigão, propriedade de Carlos Gonçalves desde 2003, fica situada em Monforte. A história dos Reserva remonta outros tempos e começou na colheita de 1999 com o lançamento do primeiro Herdade do Perdigão Reserva tinto. Com a mudança de proprietário a qualidade dos vinhos manteve-se inalterada e têm conseguido até aos dias de hoje manter uma consistência assinalável. As mudanças apenas se têm reflectido nos rótulos, sempre num registo muito sóbrio e formal, para que agora surjam novamente renovados. É caso para dizer que muda a camisola mas a qualidade mantém-se inalterada a como sempre nos acostumou. Em prova as duas novas colheitas do Herdade do Perdigão Reserva, tinto 2014 e branco 2015.
Herdade do Perdigão Reserva branco 2015: um 100% Antão Vaz que passou por barrica durante seis meses. Se nas primeiras colheitas a barrica se fazia notar em demasia e tirava todo o protagonismo à fruta e entusiasmo ao vinho, agora temos precisamente o contrário. É a fruta que manda durante toda a prova, ganhando ligeira untuosidade do tempo que esteve na barrica, mas de resto é um conjunto dotado de uma bela frescura que o envolve e lhe dá a energia suficiente durante toda a prova. Será sempre um branco que combina bem com pratos de peixe assado no forno ou com carnes brancas. 92 pts
Herdade do Perdigão Reserva 2014: o lote mantém-se fiel às castas Trincadeira, Aragonez e Cabernet Sauvignon com passagem durante 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Num perfil mais clássico sente-se o bom vigor da juventude marcado pela fruta (ameixa, bagas) ainda muito viva e pela madeira, tosta, baunilha, que pede algum tempo em garrafa para estar em plena harmonia. Em fundo uma boa nota de pimenta preta, num conjunto amplo e estruturado com muito tempo pela frente. No palato é marcado pela fruta, travo vegetal fresco, algo de terroso em pano de fundo com final persistente. Um belíssimo tinto, ronda os 15€ e que merece ser apreciado mas sobretudo guardado pois é com tempo que ele melhor se mostra à mesa. 93 pts
2 comentários:
Trago até hoje grande lembrança de um Reserva 2007, um dos meus preferidos alentejanos!
Márcio, são de facto belíssimos vinhos que ganham muito em ficar guardados uns bons anos na garrafeira. O preço está agora melhor que nunca, compram-se a rondar os 15-18€ mas com a mesma qualidade de sempre.
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