O vinho mostra-se bastante cativante de aromas, de notar que um pouco de tempo no copo ou mesmo uma rápida dupla decantação só lhe fará bem, verter no decanter e voltar novamente a deitar para a garrafa. Mostra desde o inicio finura de trato sem aromas exageradamente ruidosos ou barulhentos, madeira com alguma tosta, baunilha ligeira, um vinho harmonioso, fresco. Fruta preta algo escondida com boa colherada de compota, indica que quer dormir mais em garrafa, folha seca de tabaco, especiaria na pimenta preta, toque de bálsamo vegetal, flores da Nacional e um todo com uma bela complexidade e ao mesmo tempo muito bem embrulhado. Tudo no ponto certo e a mostrar-se muito bem arrumado.
Na boca mostra-se com boa harmonia entre fruta/madeira/acidez, conjunto sólido mas muito amigo da prova, e da mesa, bela passagem de boca apoiada na suculenta fruta com mediana concentração, tudo muito harmonioso, fruta (cereja, frutos negros) com algum toque mais doce, madeira ampara o vinho com os taninos a pedirem mais algum tempo, leve secura na parte final apesar de se beber lindamente neste momento. Final de boa persistência num vinho muito virado para a mesa, diz-se com perfil muito gastronómico.
Dos tintos do Douro que mais prazer me deu a beber nos últimos tempos, uma enorme surpresa, um balão de oxigénio que de uma forma democrática permite a um preço sensato ,15€, colocar este belo vinho na mesa de um leque alargado de apreciadores. É difícil ficar-lhe indiferente e são poucos ou que não o querem voltar a encontrar. É de comprar à caixa para ir bebendo com muito prazer e ao longo dos próximos anos. 17 - 92 pts
1 comentário:
JP,
O João Lopes Pinto está de parabéns, repito. E pela colheita 07, já se percebeu que não aqui acasos. É qualidade, é para continuar.
Abr.,
An
PS: A ver como sairá o branco!
Enviar um comentário