Breve passagem pela Estremadura, região muitas vezes esquecida e que nos apresenta ano após ano, vinhos com grande qualidade. Em prova temos um vinho do produtor DFJ, trata-se de um varietal Touriga Nacional que veio como vinho do mês numa Revista dos Vinhos.
Grand´Arte Touriga Nacional 2003
100% Touriga Nacional - Estágio: 6 meses em carvalho americano, francês (allier) e português - 14% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.
Nariz a mostrar-se inicialmente dominado por aromas a lembrar chocolate, eucalipto, tudo em grande concentração e com frescura presente (lembra em muito os chocolates After Eight), a fruta madura (alguma compota) aparece algo perdida no meio de tudo isto, torrados da madeira de mãos dadas com especiarias, o toque floral marca presença (ainda que leve) com notas de violetas, tudo isto num conjunto que se mostra com final balsâmico e algo enjoativo.
Boca com frescura presente, denso, guloso, redondo na boca, compota, mentol mais uma vez a marcar presença em conjunto com o chocolate, café torrado, final balsâmico de persistência alta.
Um vinho que se mostra bastante concentrado, o que durante a prova o tornou algo enjoativo e pesado. Um Touriga que se mostra diferente, onde a componente balsâmica se mostra bem mais presente, está em forma e a dizer que nos podemos esquecer dele na garrafeira por mais algum tempo.
16,5
18 comentários:
Caro copod3, é engraçada a sua prova. Também eu provei este vinho e deparei-me com um certo excesso, o tal conjunto enjoativo. Mas enquanto eu achei depreciativo esse excesso, o João vê nele um potencial de envelhecimento. Não o tinha pensado assim, mas acho que tem todo o sentido.
Boas provas e continue em grande forma!!!
São vinhos que não me convencem.
Rui
Também provei o dito e concordo com o excesso de balsâmicos que tornam a prova cansativa. Ao terceiro copo já foi difícil. Contudo, não concordo com o potencial de envelhecimento tendo em vista dois factores. Em primeiro lugar alguma falta de frescura que o poderão tornar cansativo, em segundo uma falta de estrutura obrigatória ao bom envelhecimento.
Parabés pelo blog e boas provas.
Cumprimentos,
DBS
O facto de o vinho se encontrar em forma e poder ficar esquecido mais uns tempos (meses) não implica que o seu potencial de envelhecimento seja grande.
O mais engraçado foi que o José Neiva disse-me que a razão do nariz/boca a eucalipto se deve mesmo à existência das ditas árvores próximo das vinhas.
N.
PS - Da DFJ não me dou muito bem com os "Grand' Arte (masvendem bem la fora). COntudo, sou muito fã dos "Francos", uma quinta do próprio Neiva em plena Estremadura.
A ser assim, é semelhante aos vinhos tintos do Outeiro da Esquila onde as notas de eucalipto estão bem presentes... são terroirs muito especiais que vale a pena serem conhecidos.
Mas a ver pela sua concentração mais parece que os eucaliptos estão em formato concentrado :)
Olha servi este Touriga num jantar onde estavam presentes 3 Espanhóis e ficaram encantados com o vinho.
Também bebi este vinho nas férias a acompanhar uma refeiçao, e reparei no possível excesso de maturação das uvas, lembro-me de um vinho guloso demais, pesado e enjoativo. Só fresco, a 14º é que se safou sem enjoar.
No entanto pode ser curioso guardá-lo, mas poderá também não ser seguro essa opção... Os vinhos excessivos às vezes dão-se mal com a evolução...
Mas o melhor é experimentar :)
Concordas comigo João?
Por exemplo, às vezes tens um vinho encorpadíssimo ai no Alentejo, que passado 4 anos pode estar morto, se a acidez desaparecer...
Mais uma vez, quando se fala em guardar este vinho, é num curto médio espaço de tempo, mas nunca se sabe o que pode sair daqui pois o passo em falso pode ser dado e a queda muito grande.
Frexou pelo que falas podemos pensar que por exemplo, um Vintage, se pode dar mal com a evolução...
Se me disseres um vinho do Alentejo, encorpadissimo que ao final de 4 anos esteja morto, eu agradeço.
Um vinho que é considerado a coca-cola Portuguesa com 16,5 não é nada mau. Depois ainda dizem que os criticos a sério são uns exagerados.
Famalicão
Ainda há quem coloque a hipótese de guardar este vinho? Este vinho ao fim de 5 minutos no copo desaparece. Está cheio de açucar residual. Ai tanta ignorancia!!!!
Famalicão
E quem é que não gosta de Coca-Cola ?
Um vinho excessivo, doce, pesado e com falta de acidez não me parece que evolua. Mas isto sou eu a falar. Esta conversa deixaremos para os fóruns de discussão.
Aqui falo do teu vinho. Abre outra que eu não gosto dessa, tou como o Rui. Quanto à tua nota, é tua. Respeito-a, como qualquer uma.
A RV penso que deu 16, a BW penso que ainda não opinou.
Caro Frexou
O vinho aqui provado está bem de saúde, não se mostrou evoluido nem cansado, está em forma pelo que pode ficar na garrafeira por mais algum tempo, o que não quer dizer que o vinho vá ganhar alguma com o repouso ou que seja um vinho de guarda.
De notar que uma nota de prova é sempre pessoal, e podemos concordar ou nem por isso, eu por norma não gosto de comparar notas de prova, mas respeito a opinião dos outros como também gosto que respeitem as minhas, como disse e muito bem o amigo Frexou.
O vinho aqui em prova de facto é pesado, muito denso, concentrado, açucar residual presente, enfim um conjunto que satura ao fim de dois copos, mas temos de ver que algumas pessoas gostam deste tipo de vinhos (durante a prova várias pessoas gostaram), e pelo que dizem é um sucesso de vendas lá fora.
Para quebrar a regra fui pesquisar e reparei que João Paulo Martins no seu Guia de Vinhos de Portugal 2006 ao mesmo vinho deu 6/7 com a indicação de Beber ou Guardar, já no seu novo guia a nova versão aparece classificada com 16 valores.
Afinal a nota aqui atribuida não está assim tão exagerada pois não ?
Acredito que não tereis dificuldade em detectar o fradulento a-douro-te que deixou dois comentários há pouco.
Infelizmene para o pateta, os seus recursos linguísticos estão tão distantes dos meus que se expôs a um ridículo sem precedentes.
Em discurso directo: se não tens vida própria, relaxa e recosta-te num armário horizontal que na minha terra - famalicão, a besta sabe o que faz - se designa por sacófago.
A DJF vinhos era até há uns anos atrás a melhor relação qualidade preço de todo o país, já não provo o Alvarinho (nem o Alvarinho Chardonnay) há um bom tempo, mas foi seguramente (a par do Merlot deles) um dos vinhos mais interessantes da casa.
(não baixarei a guarda, impostor, enquanto deixei o trabalho, cheguei a casa, acarinhinhei a minha adorada bebé e cozinhei o jantar para mim e para a minha mulher, vieste aqui abusar do meu nome, és um pequeno imbecil que arde agora de raiva por estares intelectualmente a anos luz do teu ídolo, pois bem, burn in hell, passe muito mal, ai a lata desta gentinha...)
Será que este a-douro-te é bipolar?
Para o falso a-douro-te
Significado de CRITICAR: fazer a crítica de;examinar;apreciar;censurar;exprobar;maldizer.
Os críticos "a sério" que conhece(?)onde se enquadram, nos apreciadores ou nos maldizentes?
Atendendo a que gosta tanto de se apropriar do nome de outros, e não é a primeira vez que o faz(não tem vergonha?),não será difícil perceber qual a área em que melhor se movimentam, você como impostor e os seus amigos como "críticos a sério".
Sobre a sua outra feliz intervenção, tenho a comunicar-lhe que quando provei o referido vinho, ele não desapareceu do copo ao fim de 5 minutos, desapareceu muito antes, o que não deixou, no entanto, de me deixar o seu sabor e os seus aromas durante demasiado, mas mesmo demasiado, tempo. Porque será que não me sucede o mesmo com a coca-cola? Não me parece que a comparação esteja bem conseguida, mas enfim, é tudo uma questão de crítica "a sério".
gosto do blog pena haver sempre gente que nao sabe respeitar as opinioes divergentes.Quanto ao vinho concordo com mto do que foi aqui escrito tb axo que o conjunto satura ao fim do primeiro copo mas conheço quem tenha gostado e muito
Seja bem vindo caro Algarvio.
Sempre achei fundamental o saber respeitar as opiniões das outras pessoas, mesmo quando divergem das minhas tento sempre entender as razões e assim sempre se aprende mais qualquer coisa.
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