Copo de 3: PROVA Quinta do Judeu 2004

20 outubro 2006

PROVA Quinta do Judeu 2004

É de um recente produtor do Douro, situada no Peso da Régua, a Quinta do Judeu conhecida na zona pela existência de uma pequena estátua de um judeu romano no cimo do seu telhado, de onde terá vindo o nome da quinta, estátua essa que infelizmente foi roubada, tendo sido substituida por uma nova estátua que se tornou o novo símbolo desta quinta.

Quinta do Judeu 2004
Castas: Touriga Nacional e Touriga Franca - Estágio: 7 meses carvalho francês e 6 meses em garrafa - 14% Vol.

Tonalidade granada escuro de média concentração com toque violeta.
Nariz de média intensidade, o vinho mostra-se fechado e rigoroso, com a fruta negra escondida dando lugar a notas de mato seco, algum restolho, vegetal que se mistura com notas derivadas do estágio em madeira em (torrados, fumo), ainda se nota um toque químico com um tímido floral de fundo, conjunto muito concentrado e em bloco, fechado e austero, um pouco rústico que parece ter algo a dizer mas que fica mudo na altura em que devia falar.
Boca a mostrar-se bem estruturado, fruto presente, ligeira frescura e especiaria com ligações a vegetal que se prolonga até um final ligeiramente balsâmico de boa persistência.

Um vinho que foge a um perfil de elegância, não é exuberante mas sim fechado a sete chaves, tudo num conjunto algo casmurro e com a sua dose de rusticidade, ficando na dúvida se o vinho vai mudar com o tempo ou fica como está.
Melhor na boca que no nariz, foge claramente a uma boa relação preço/qualidade visto ser vendido a um preço que ronda os 15€
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14 comentários:

Anónimo disse...

E o vale da judia 2004 tinto, levou a medalha de ouro no iwc em 2005 e a propria adega de pegões diz que foi o branco!!!! não foi o tinto! estou a mamar um lbv99 crasto, muito bom. o vinho é simples, desde que seja bom! viva o sul. viva portugal.

Anónimo disse...

O Quinta do Judeu 2004, com 14%vol. apresenta uma cor violácea brilhante, de boa concentração e muito jovem.
O nariz é marcado por um fundo extremamente balsâmico e perfumado, com boas notas de frutos silvestres, framboesas e amoras pretas, tudo num perfil fresco e alegre, remetendo a madeira para um segundo plano.

Na boca, o vinho apresenta um perfil rústico, com taninos presentes mas afinados, bom volume de boca, permitindo uma boa prova de boca, mantendo um perfil fresco com a acidez bem trabalhada, com um final ligeiramente curto. Melhor no nariz que na boca.
Mas o que está feito, está bem feito.

Será que é o mesmo vinho? Um diz boa concentração e outro é só média.

Nariz extramamente balsamico e perfumado, aqui diz nariz de média intensidade, fechado.

Quem tem razão? Provávelmente nenhum...

João de Carvalho disse...

Caro Fernando

Em vez do simples acto de comparar notas de prova, porque não prova o vinho em causa e dá a sua opinião ?

Anónimo disse...

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Tanta sabedoria perdida meu ilustre Fernando, é de pessoas como sua excelência que nós precisamos, para nos iluminar o caminho da verdade.
Recomendo leitura atenta do guia Vinhos de Portugal 2007 ; página 120.

Anónimo disse...

Aqui vem mais uma nota de prova deste vinho, e pelos vistos diferente também!

Cito :
"Dark rubi with purple rim. Intense nose of flowers and ripe fruit. A spicy note from the oak. On the mouth it's rounded, well balanced and very nicely integrated with the wood. Nice finish also. Great value."

João de Carvalho disse...

Eu até por sugestão do Conjurado coloco com a devida vénia a nota de prova do Guia de Vinhos 2007 elaborado pelo Sr. João Paulo Martins:

«Prova de 2006. Concentrado na cor e com uma evidente auteridade, é um tinto cheio, algo rústico de aromas, onde subressaem as notas de erva seca, que suplantam a fruta. Melhor na prova de boca, tem boa estrutura mas vai precisar sempre de um prato bem temperado por perto que equilibre este tom pouco polido que apresenta...»

Anónimo disse...

Não querendo enrolar muito a conversa...

Como é lógico, o JPM é um crítico de respeito e que percebe muito mais de avaliação de vinhos do que eu.

No entanto, esta é a minha opinião sobre o vinho, que curiosamente foi provado no Restaurante O POLEIRO, recomendado pela RV na edição nº200, com 2 amigos meus que são titulares do Curso da Wine and Spirit Education Trust e um outro apreciador.

Anónimo disse...

E tal como já referi no blog "Vinho da casa", o crítico británico jamie goode, no seu blog "www.wineanorak" tb tem uma nota de prova diferente com uma nota de 89!. As diferenças são muito salutares...senão bebíamos todos "Vales Meões" da vida....

João de Carvalho disse...

Cada pessoa interpreta o vinho à sua maneira, não vejo mal nisso, provei o vinho e escrevi aquilo que me transmitiu na altura, claro está que não vou começar a comparar notas de prova, nem dizer que a minha é parecida com a do outro, ou que a X é semelhante à Y... cada um entende o vinho à sua maneira, o que queria aqui realçar é que para uns o vinho é algo rústico, muito maduro, fruta pouco presente... outros encontram uma grande frescura, com muita fruta e um enorme perfume.

O melhor neste caso é cada um provar o vinho e encontrar a nota de prova que mais se adapta às sensações obtidas.

Eu apesar de estar convicto da minha nota de prova, irei provar novamente o vinho hoje à noite e afixarei a nova nota de prova aqui nos comentário.

Anónimo disse...

Ao Vinho da Casa

Denoto ultimamante um certo deslumbramento no que toca à sua pessoa.

PS: Reserve para si as suas amizades, e não ande a querer mostrar à força que é «amigo» deste e daquele, se quer que lhe diga acho que confunde amigos com conhecidos.

Anónimo disse...

Eu reservo as amizades para mim.

O que eu apenas quis dizer foi que a impressão com que fiquei do vinho, foi partilhada pelas 3 pessoas que me acompanhavam.

Essas 3 pessoas, fazem parte de um novo grupo de prova, do qual eu faço parte e que em breve terá a sua aparição na Internet.

Conjurado, pode ter alguma razão no que diz, se não conhecer os factos, mas o que é verdade é que tenho vivido os últimos tempos a uma velocidade estonteante.

No entanto, como sempre, respeito o seu comentário.

João de Carvalho disse...

Pois é, após nova prova o vinho não se mostrou muito diferente do que já tinha sido aqui colocado, pelo que penso não valer a pena estar a escrever mais sobre este assunto.

Anónimo disse...

Só para citar não-sei-quem:

o que separa os homens dos bichos é o sentido do ridículo.

E acrescento eu: alguns homens, de algumns bichos!

Anónimo disse...

Para o Vinho da Casa,

Este jovenzinho definitivamente não tem a noção do ridículo. Mas o que é que lhe subiu à cabeça para escrever e dizer o que diz? O que é que o menino fez para botar umas bocas como as que escreve? Cresça e apareça. Por favor, pelo menos tenha a noção do ridículo! Tadinho.

 
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