Copo de 3: Jaboulet Crozes Hermitage Cuvée Spéciale Vieilles Vignes 1996

08 janeiro 2008

Jaboulet Crozes Hermitage Cuvée Spéciale Vieilles Vignes 1996

O próximo vinho em prova vem de França, mais propriamente das Côtes du Rhône, sub-região Crozes Hermitage.
Situada na zona Norte do Rhône, tem uma área de 1428ha e situa-se na margem esquerda, os encepamentos são Syrah para os tintos (eventualmente com um 15% máximo de Marsanne ou de Roussanne) e nas brancas Marsanne e Rousanne.
A história do produtor Maison Paul Jaboulet Aîné remonta ao ano de 1834 quando, Antoine Jaboulet começou a trabalhar a terra naquela região. A produção de vinho vem desde então e perpetuou-se aos seus filhos, Paul e Henri, sendo Paul o responsável por dar o nome à empresa.
Um produtor responsável por vinho míticos onde brilha o vinho insígnia desta casa, o Hermitage La Chapelle.
O vinho em prova é fruto de uma cuvée única, feita pelo produtor para celebrar a passagem ao 3º Milénio, um vinho originário das mais velhas vinhas Syrah (40 a 60 anos) que o produtor tem nesta região, na sua maioria provenientes do Domaine de Thalabert.

Jaboulet Crozes Hermitage Cuvée Spéciale Vieilles Vignes 1996

Tonalidade ruby de média concentração, limpo e com rebordo ligeiramente laranja
Nariz a mostrar inicialmente um vinho a precisar de algum tempo para se arranjar no copo, algum animal a carne fumada. Feita a sua vontade foi-se seguindo a sua evolução que diga-se de passagem foi bastante positiva. Desprendeu e abrilhantou com um bouquet de boa complexidade, sem se sentir grande concentração de aromas antes joga no plano fino e equilibrado. Fruta madura (bagas) acompanhada por ligeira geleia, especiarias e toque terroso. Completa-se com toque a lembrar cogumelos e tabaco seco em fundo, sempre com uma fina frescura que o percorre de inicio ao fim.
Boca com entrada fresca, a mesma frescura que consegue ser fio condutor, estrutura em boa forma com mineral e fruta a darem seguimento a suave cacau. Finura de conjunto, segue o mesmo guião que apresentou no nariz, nada se desmarca apenas destaca a completa harmonia de conjunto. Especiaria com toque vegetal seco e algum mineral em final de boca médio.

Temos um vinho que sem deslumbramentos consegue mostrar-se em muito bom nível, um syrah longe daquilo que estamos acostumados a encontrar em Portugal, a sua forma indica um vinho que apesar da idade se mostra pronto a dar uma prova diferente e cheia de qualidade. Mais uma vez conseguiu manter-se durante todo o jantar sem cambalear. O preço rondou os 27€,
16,5

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