Copo de 3: Preta 2005

23 janeiro 2008

Preta 2005

A FITAPRETA VINHOS nasce de uma paixão. E como todas as paixões – grandes ou mesquinhas – cresce, e obriga a uma procura incessante nos mais ínfimos pormenores pela grandeza e pela comunhão absoluta. As paixões humanas não têm conta: umas escondem-se no fundo do coração e outras enobrecem cada esquina, mas todas elas tiranizam o Homem.
Situada perto de Estremoz (Vimieiro), esta sociedade estabelecida entre dois consultores da indústria vitivinícola nacional, o ascendente jovem enólogo António Moita Maçanita e o reputado viticultor David Booth.
Não possuindo as suas próprias vinhas ou adega, a Fita Preta Vinhos selecciona e avalia uma série de vinhas em todo o Alentejo, escolhendo as que mais se adaptam ao perfil dos seus vinhos, alugando espaços nas mais prestigiadas adegas do Alentejo onde os seus vinhos são elaborados.
Em prova a nova colheita do topo de gama deste produtor, o Preta 2005.

Preta 2005
Castas: 73% Touriga Nacional e 27% Cabernet Sauvignon - Estágio: 16 meses barricas novas e segundo ano de carvalho francês e português - 14,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro, muito concentrado
Nariz a remeter para um aroma com boa intensidade, denso e a apresentar fruta vermelha sobremadura com ligações compotadas e floral. O cacau e a especiaria marcam bem presença no conjunto, aliada à presença da madeira que ainda consegue manter alguma imposição. No fundo sente-se um suave vegetal/balsâmico que marca presença, num perfil que consegue transparecer alguma frescura no seu conjunto.
Boca de entrada muito bem estruturada, cheio e com algumas arestas por limar, transparece a fruta que por vezes dá sensação de adocicado. O toque vegetal marca também presença com um especiado bem distribuido, frescura compensadora dos excessos de maturação.

Este Preta segue o rumo da anterior colheita mas parece mais afinado e pronto a beber, um vinho que não vira costas a um tempo em cave e que lá para o Natal irá compensar quem apostou nele.
Nesta colheita sente-se mais frescura, tornando o vinho mais companheiro e menos enjoativo como se poderia tornar na primeira versão. Com um preço a rondar os 20-25€, vale a pena para os apreciadores do estilo. Outras colheitas provadas: 2004
16,5

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