Copo de 3: Casa Ermelinda Freitas - Touriga Nacional 2003

17 janeiro 2008

Casa Ermelinda Freitas - Touriga Nacional 2003

A Casa Ermelinda Freitas é uma empresa familiar com a tradição vitivinícola de quatro gerações.
As vinhas da Casa de Ermelinda Freitas ficam situadas em Fernando Pó, zona privilegiada da região de Palmela, proprietária de 130 hectares de vinha onde 100 hectares são de castelão (conhecida na zona como Periquita). Foram recentemente plantados os restantes 30 hectares com outras castas como Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah e Aragonês.

Casa Ermelinda Freitas - Touriga Nacional 2003
Casta: 100% Touriga Nacional - Estágio: 8 meses em carvalho e 12 meses em garrafa - 14% Vol.

Tonalidade ruby escuro de média/alta concentração.
Nariz de aroma de boa intensidade com algum terroso inicial, toque fresco embrulhado em balsâmico (hortelã pimenta) fazem a entrada ao lado de chocolate negro, tosta e a fruta madurona (cereja e ameixa), fundo com toque fumado. Com complexidade média, de cunho fresco e sem grandes larguezas de aroma, mantendo-se sempre num movimento linear uniforme.
Boca de entrada fresca, boa estrutura, suave e de finos taninos, volta a não mostrar grande complexidade. Um vinho delicado de corpo médio, sem grandes euforias a passagem de boca faz-se de forma correcta com a fruta a marcar passo juntamente com toques de balsâmico e ligeira especiaria, em conjunto com apontamento de algum chocolate negro. O final de boca mostra-se algo curto para o que seria de esperar.

Um Touriga Nacional que deu que falar na altura em que foi lançado para o mercado, foi nessa altura que a prova era explosiva e arrebatadora, tudo com muita extracção. Pela prova que deu neste momento o vinho não se parece nada, acalmou demais, perdeu força e ficou manso, e do manso que ficou perdeu parte da graciosidade que conseguia transmitir enquanto novo. A beber ou guardar por sua conta e risco.
15

2 comentários:

Pedro Sousa P.T. disse...

A colheita 2004, está aí muito em força pelos hipers. E também está muito bem visto aí pela "press", e pela crítica. Mas se seguir os passos do 2003, mais vale bebe-lo também já. Não?
Um abraço.

Anónimo disse...

Por acaso bebi uma garrafa deste vinho (2002) à um ano e meio e achei-o muito bom... é pena que a queda tenha sido tão abrupta (apesar de 15 não ser uma má nota).

Este natal bebi uma série de vinhos entre os 9 e os 15€ (vertente, azamor, burmester reserva, Dão reserva Álvaro Castro, Domini, ...) e fiquei com a sensação que a rolha da maioria destes vinhos era muito fraca (a do Domini partiu-se a meio e depois desfazia-se com facilidade na mão) pelo que nunca seria possível guardar estes vinhos por muito mais do que 2/3 anos (e mesmo assim já seria puxar por algumas das rolhas). Será que não compensaria gastar mais uns cêntimos na rolha e colocar uma de qualidade um pouco superior nestes vinhos? Não será este um motivo para que cada vez mais a maioria dos vinhos devam ser bebidos no ano em que vão para o mercado (ou no máximo 2/3 anos depois)?

Um abr
NF

 
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