Proveniente do produtor Quinta da Bica (Dão), este vinho branco inserido na linha de nome Radix (raiz) teve ao que parece apenas uma edição. Os Radix (tinto, rosado e branco) tal como os Quinta da Bica, gozam de uma belíssima relação preço/satisfação, neste caso o que temos no copo é uma visão mais arrojada embora a tipicidade esteja bem marcada. No momento da prova é de empatia imediata, apetece ter umas quantas garrafas em casa para ir saboreando na passada do tempo, porque pela prova que dá nota-se que foi educado com boas maneiras e dando garantia de uma nobre evolução em garrafa. Para o efeito foram escolhidas as castas Encruzado, Gouveio e Terrantez (Folgasão), numa edição limitada a 2400 garrafas com preço a rondar os 8€ em garrafeira.
É um vinho de aroma elegante, fresco, com refinada complexidade, boa limpeza de conjunto com frescura da fruta (citrinos, alperce) ao lado de geleia, cera de abelhas, flores e rasgo mineral em fundo com invocações a tisana de lima-limão. Todo ele assente numa acidez muito viva, bom corpo com longo e refrescante final, presença de limão e mineralidade que perdura no seu longo e persistente final. Um vinho que apetece beber e ter por perto. Pena que sejam poucas garrafas, mas já me precavi. Dos brancos do Dão que mais me entusiasmou nos últimos tempos. 91 pts
| Cogumelos recheados com gambas (Restaurante São Rosas) |


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